27 anos de compromisso com a arte e a cultura brasileiras

Em 2014, o Itaú Cultural completa 27 anos de atuação e de compromisso estreito com a cultura brasileira. O instituto atua em várias frentes para democratizar o acesso, mapear, apoiar, difundir a produção cultural, dando voz a todas as regiões e áreas de expressão do país.

 

No campo da difusão, o instituto mantém intensa programação gratuita por todo o Brasil, tanto em sua sede em São Paulo, quanto por meio de parcerias com equipamentos culturais nas outras cidades do país e no exterior. São exposições de artes visuais, mostras de cinema e vídeo, espetáculos de dança e teatro, seminários, encontros com artistas, debates literários, cursos, shows, entre outras iniciativas. No âmbito geral, desde o início de suas atividades, o Itaú Cultural já promoveu mais de 5 mil eventos desta natureza, inclusive com abrangência internacional. Somente pela sede da instituição já passaram mais de 6 milhões de visitantes.

 

O Itaú Cultural também é grande produtor de conteúdo para o público não presencial. Parte da programação resulta em programas de rádio e TV, que são distribuídos para uma rede de emissoras públicas e comunitárias, ampliando o alcance das iniciativas.

 

Com a missão de ampliar o acesso à cultura, promover a participação social e gerar conhecimento sobre a Arte e os artistas brasileiros, o Itaú Cultural criava, em 1987, o Banco de Dados Informatizado, uma iniciativa inovadora e ambiciosa para a época em que foi desenvolvido. Disponibilizado ao público desde sua origem, o Banco de Dados foi alimentado por uma equipe de historiadores e pesquisadores especializados que  iniciavam um importante mapeamento sobre as Artes Plásticas no Brasil.

Em convergência com o desenvolvimento tecnológico, em abril de 2001, este banco de dados teve sua primeira versão publicada na internet, como a Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. E, desde então, tem expandido constantemente seu conteúdo abrangendo as diversas áreas de expressão da cultura brasileira: Teatro, Literatura, Arte e Tecnologia, inicialmente publicadas em site individuais e a partir de fevereiro de 2014 disponíveis em um único endereço, constituindo a nova Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras, agregando as áreas de Música, Cinema e Dança.

 

A enciclopédia tem cerca de 8 mil verbetes com textos descritivos e analíticos, parte deles traduzidos para o espanhol, francês e inglês. Uma equipe com mais de 80 especialistas das diferentes áreas das artes e da cultura brasileira – entre consultores, pesquisadores, especialistas, redatores, revisores e tradutores – alimenta as bases de dados dos cerca de 200 mil registros de artistas, instituições, grupos, exposições, espetáculos e obras. Mensalmente, mais de 1 milhão de usuários acessam essas informações. Em 2013, teve cerca de 13,5 milhões de acessos únicos.

No campo do mapeamento e fomento, o Itaú Cultural mantém o Programa Rumos, cuja 16ª edição, em 2013, marcou uma nova fase da iniciativa, com inovações em todo o seu formato. Desde a sua criação em 1997, o programa vem apoiando a produção e difusão de trabalhos de artistas e pesquisadores por meio de editais públicos. Até 2012 recebeu a inscrição de mais de 25 mil projetos e apoiou o desenvolvimento de mais 1,1 mil trabalhos selecionados em Artes Visuais, Arte  e Tecnologia, Cinema e Vídeo, Dança, Educação, Jornalismo Cultural, Literatura, Música, Pesquisa Acadêmica e Teatro. As obras resultantes dessa seleção foram vistas por cerca de 6 milhões de pessoas em todo o país. Mais de mil emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos do Rumos.

 

A esses, se juntaram, agora, 15.120 projetos aptos para seleção, das 27 unidades federativas brasileiras e de 37 países, inscritos na edição 2013, com o programa totalmente reformulado atingindo todas as áreas de expressão de uma só vez em caráter multidisciplinar. Os artistas puderam escolher entre uma ou diversas modalidades, em um formato inédito entre os programas do gênero no país. Do total citados, foram contemplados 104 projetos.

 

Legado cultural

O Itaú Cultural também tem uma forte atuação no resgate de ícones da cultura brasileira. Um dos projetos neste campo é o Ocupação, uma série de exposições idealizada para fomentar o diálogo da nova geração de artistas com os criadores que os influenciaram. Desde a sua criação, já revisitou o trabalho e a história de artistas como Nelson Leirner, Abraham Palatnik, Zé Celso, Paulo Leminski, Chico Science, Rogério Sganzerla, Regina Silveira, Haroldo de Campos, Angeli, Nelson Rodrigues, Antonio Nóbrega, Mário de Andrade, Nelson Pereira dos Santos e Sérgio Britto. No dia 1º de abril, data que marca os 50 anos do golpe militar, em 1964,abriu a série do ano com a Ocupação Zuzu Angel. No dia 31 deste mês, abre mais uma, a Ocupação Jards Macalé.

 

Ainda no campo do resgate, o Itaú Cultural vem desenvolvendo uma série de documentários sobre grandes nomes da nossa cultura. Batizada ICONOCLÁSSICOS, ela reúne os títulos Daquele Instante em Diante, sobre o músico Itamar Assumpção, dirigido por Rogério Velloso; EVOÉ! Retrato de um Antropófago, documentário sobre o dramaturgo Zé Celso, dirigido por Tadeu Jungle e Elaine Cesar; Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz, um retrato de Rogério Sganzerla sob o olhar de Joel Pizzini; Ex isto, livre adaptação de Catatau de Paulo Leminski, por Cao Guimarães; Assim É, Se Lhe Parece sobre Nelson Leirner por Carla Gallo.

 

Todos estes filmes já foram apresentados ao público em salas do Espaço Itaú de Cinema em diferentes cidades do país. No mesmo espírito, no ano passado entrou em cartaz e atualmente itinera por diferentes cidades brasileiras o filme Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles. O longa-metragem é dirigido por Marcela Lordy sobre a busca pelo som da água pelo artista visual que lhe dá nome. Está em produção, ainda, um documentário sobre Leonilson. Ambos os artistas já foram objeto de grandes exposições no Itaú Cultural, consolidando uma investigação profunda sobre seus trabalhos e processos de criação.

 

Ainda nesse caminho de preservação do legado cultural, o instituto tem atuado com parceiros em projetos especiais de grande envergadura. Atualmente, por exemplo, em parceria com a Fundação Oscar Niemeyer, o Itaú Cultural apoia a digitalização de todo o acervo deste arquiteto primordial para o país. O instituto também desenvolveu com o jornal Folha de S.Paulo e o Publifolha a Coleção de Arte Brasileira, uma série de fascículos sobre os grandes mestres brasileiros da pintura.

 

O instituto apoia, ainda, e patrocina por meio do Banco Itaú, o projeto que desenhará a reforma da Escola de Artes Visuais (EAV) no Parque Lage do Rio de Janeiro, além de apoiar o Instituto Rubens Gerchman, que teve uma parte de suas instalações afetadas pelo recente deslizamento de terras causado por fortes chuvas na Barra da Tijuca. São cerca de três mil peças do artista: pinturas, esculturas, objetos, obras em papel (gravuras, desenhos e aquarelas) e um acervo documental (cartas, fotos, etc.), e o Itaú Cultural transportou as obras para São Paulo, arcando com os custos de aluguel de uma reserva técnica adequada para abrigar o acervo por seis meses.

 

Produtos

Em seu portfólio, o instituto registra, ainda, mais de 700 títulos publicados entre CDs, DVDs, CD-ROMs, vídeos e livros. Em 27 anos, mais de 900 mil itens já foram distribuídos gratuitamente a bibliotecas, escolas da rede pública, instituições culturais e emissoras de rádio e televisão públicas e comunitárias em todo o Brasil. A preocupação com a educação também se manifesta em uma intensa programação para escolas públicas e privadas na sede da instituição.

 

É oportuno ainda mencionar que o Itaú tem longa tradição no investimento, apoio e difusão da arte brasileira. O Banco conta hoje, por exemplo, com uma das maiores coleções corporativas de arte na América Latina, com cerca de 12 mil obras. Este conjunto tem sido apresentado ao público por meio de exposições itinerantes no Brasil e no exterior organizadas pelo Itaú Cultural.  Desde 2010, mais de 1,4 milhão espectadores foram alcançados por esta iniciativa. Tanto a constituição do acervo quanto estas itinerâncias são realizadas sem o incentivo da Lei Rouanet.

 

Gestão e parcerias com entidades públicas

O Itaú Cultural, em outra frente, iniciou, há dois anos, o projeto de levar sua capacidade de gestão a equipamentos públicos. A primeira iniciativa está em andamento com o Auditório Ibirapuera, uma das maiores casas de arte e cultura de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.

 

No Auditório Ibirapuera, o Itaú Cultural responde, desde 2011, pela programação e a gestão do equipamento, em uma experiência inédita. Todo o custeio da operação é feito com recursos próprios, sem uso de leis de incentivo à cultura.

 

Além da programação, que entre 2011 e 2013 recebeu cerca de 400 mil espectadores em 433 apresentações, a casa abriga a Escola de Música do Auditório (OEA) que atualmente atende cerca de 170 alunos, entre crianças e adolescentes vindos, a maioria, por meio de seleção na rede municipal de ensino da cidade de São Paulo: a eles é oferecido um curso livre de música e 20 acabaram de se formar.

 

Considerado uma das melhores casas uma das maiores casas de arte e cultura do país, o Auditório Ibirapuera ganhou nova vida, ampliou seu público, e passou a receber uma programação mais eclética.

 

Além desta frente, o Itaú Cultural ampliou o espectro de atuação junto a grandes projetos culturais brasileiros. Aumentou a atuação na Festa Internacional de Literatura de Paraty (Flip), não só propondo programação do instituto, mas trazendo para São Paulo alguns dos escritores convidados para o público local. Também alargou a sinergia com o Festival de Dança de Joinville e com o Festival de Teatro de Curitiba, replicando na capital paulista parte da programação dos eventos.

 

Plataformas e perenidade

Alimentando a sua natural vocação de ser uma plataforma para a geração de conteúdos e manifestações artístico-culturais vindas de todo o Brasil, o Itaú Cultural também aposta nos seus próprios meios de comunicação. O instituto criou e edita a revista Observatório Itaú Cultural, voltada para as discussões em torno da política pública cultural brasileira. Ela traduz e dissemina as discussões, análises e propostas que saem do espaço que lhe dá nome, onde especialistas pesquisam e debatem os fenômenos relacionados à gestão cultural. A proposta central é incentivar o diálogo constante com pesquisadores, universidades, instituições governamentais na área de produção de dados estatísticos, organizações supranacionais e centros de pesquisa no campo das políticas públicas de cultura.

 

Um de seus desdobramentos é o curso gratuito de pós-graduação em Gestão Economia e Política Cultural, realizado com a Cátedra UNESCO em Gestão Cultural da Universidade de Girona, na Espanha, e apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos. O site do instituto (www.itaucultural.org.br) também é importante ferramenta para aproximar o público cada vez mais de todos os produtos, eventos e reflexões gerados pela instituição. Só para dar alguns exemplos, além de sua agenda cultural e das enciclopédias citadas, transmite as palestras, debates, shows, e apresentações online, de modo a que o púbico de outras partes do país possa acompanhar a programação simultaneamente. A rádio Itaú Cultural na web oferece programas musicais, de literatura e de entrevistas.

 

Somada às parcerias que o Itaú Cultural faz com equipamentos culturais locais para levar, gratuitamente, sua programação e produção a todo o país, esta é mais uma forma de o instituto alargar o seu campo de atuação. O site já recebeu cerca de 90 milhões de acessos únicos.

 

A Biblioteca do Itaú Cultural possui um acervo especializado em artes visuais, música, teatro, dança, cinema e vídeo, arquitetura, crítica literária e temas relacionados à sociedade e à cultura brasileiras. Composto por livros, catálogos, obras de referência (enciclopédias, dicionários, guias, etc.), CDs-áudio, CDs-ROM e vídeos, forma um conjunto de aproximadamente 58.000 títulos. O acervo circulante é composto por vídeos e produtos do Itaú Cultural, como livros, CDs e catálogos de exposição. O catálogo da biblioteca, com atualização diária, está no site do Itaú Cultural.

 

Todo esse material está disponível para consulta. O acervo da videoteca e os produtos editados pelo Itaú Cultural podem ser emprestados. O catálogo da biblioteca e da videoteca, com atualização diária, está no site do Itaú Cultural.

 

Lei Rouanet

O Itaú Cultural utiliza o artigo 26 da lei Rouanet, que prevê recursos diretos como contrapartida no uso do incentivo fiscal. Esta posição vem sendo adotada historicamente pelo grupo Itaú na instituição.

 

Toda a programação e a circulação de bens culturais promovidas pelo Itaú Cultural em todo o país (shows, exposições, seminários, mostras de cinema e vídeo, livros, documentários, entre outras iniciativas), são gratuitas e alcança cerca de 300 mil pessoas por ano.

 

A gestão do Auditório Ibirapuera não utiliza leis de incentivo. São próprios os recursos aplicados pelo Itaú Cultural no equipamento. Desde que passou a responder pela programação e a gestão do equipamento, o instituto reduziu o valor dos ingressos a preços populares – R$ 20 (R$ 10, meia entrada) – ampliando o acesso do público aos eventos que oferece.

PRESSKIT DIGITAL 2014

2014 - PRESSKIT DESENVOLVIDO PELA CONTEÚDO COMUNICAÇÃO