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A OCUPAÇÃO

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Vilanova Artigas na mais recente mostra da série Ocupação do Itaú Cultural

A 24ª mostra da série Ocupação é dedicada a um dos mais importantes arquitetos e urbanistas do Brasil, João Batista Vilanova Artigas. Com curadoria compartilhada entre a equipe Itaú Cultural, a sua filha, Rosa, e o arquiteto Alvaro Razuk, a exposição, instalada em todo o mezanino do instituto, abre para convidados no dia em que ele completaria 100 anos: terça-feira, 23 de junho. Para os visitantes fica em cartaz de 24 de junho a 9 de agosto. No dia seguinte, 25, estreia do documentário Vilanova Artigas: o arquiteto e a luz. Dirigido por sua neta, Laura, o filme será exibido nos espaços Augusta, Frei Caneca e Pompéia, em São Paulo; e na mesma rede no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Salvador.

 

O Centenário Artigas é uma parceria cultural do instituto com a família do arquiteto e tem ações patrocinadas pelo Banco Itaú, como o site criado para comemorar a efeméride, o documentário e a edição pela Terceiro Nome dos livros Vilanova Artigas e A mão livre do vovô.

 

Projetos, desenhos de trabalho, maquetes, fotos públicas e pessoais, projeções, objetos, bilhetes, cartas, manuscritos e artigos de jornais fazem parte desta exposição que revela ao visitante a postura política e a visão social do arquiteto, e como elas eram transportadas para o seu trabalho.

 

Vilanova Artigas nasceu em Curitiba em 23 de junho de 1915. Mudou-se para São Paulo e se formou na Escola Politécnica da USP, em 1937. Foi fundador da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), em 1948, na qual liderou, mais tarde, em 1962, um movimento para a reforma de ensino que influenciou outras faculdades de arquitetura no Brasil.

 

Foi membro do Partido Comunista e militante de movimentos populares e, por isso, perseguido pela ditadura militar. O Ato Institucional n.5, aboliu por 10 anos o seu direito de lecionar. Ao voltar à FAU, em 1980, ele teve de reassumir com o cargo de auxiliar de ensino. Só retomou a posição de professor titular ao prestar, a contragosto, um concurso em junho de 1984 – sete meses antes de morrer.

 

Duas vezes premiada internacionalmente – Prêmio Jean Tschumi, em 1972, e Prêmio Auguste Perret, em 1985, este póstumo –, a sua obra segue influenciando arquitetos até hoje. Entre os 700 projetos que produziu durante a sua carreira, destacam-se o já citado edifício da FAU; o conjunto Habitacional Zezinho Magalhães Prado, em Guarulhos; o Estádio do Morumbi; o Edifício Louveira, clubes, sindicatos, edifícios, apartamentos e casas.

 

Mantendo o espírito desta série de exposições idealizada pelo Itaú Cultural para fomentar o diálogo entre gerações, apresentando a vida, obra e o processo de criação de veteranos consagrados que servem de referência aos que despontam em todas as áreas de expressão, a Ocupação Vilanova Artigas entra neste universo e acompanha a vida do arquiteto desde que despontou até a sua morte aos 69 anos.

 

A mostra

De um lado, há na exposição um Artigas articulador fundador de instituições como a seção paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Do outro, um atuante ativo no Partido Comunista Brasileiro (PCB), cuja casa – situada no Campo Belo e conhecida afetivamente como Casinha –era um ponto de encontro e de debate para referências da esquerda.

 

A curadoria da Ocupação optou por apresentar Artigas em três núcleos: Arquiteto, Educador e Homem Público. No primeiro se desvenda a sua produção, que vai muito além da simples construção de edifícios em série. A sua obra é caracterizada pela preocupação com os espaços de convivência, pelo uso da luz natural e de rampas, em uma tentativa de integrar o prédio à cidade – como se vê, entre outros, no edifício Louveira, no estádio do Morumbi, na própria FAU.

O núcleo Educador se debruça no papel desempenhado por Artigas em nome da educação e da arquitetura. A sua atuação foi decisiva, por exemplo, no movimento que, em meados de 1940, criou o curso superior de arquitetura deixando de ser apenas uma matéria na grade dos estudantes de engenharia. Atuando como professor, foi um dos responsáveis pela fundação, em 1948, da FAU/USP, e nos anos de 1960, deu forma ao atual prédio da instituição, propondo, ainda, uma ampla reforma no currículo, depois adotada por escolas de todo o país.

Em Homem Público, o visitante conhece muito além do Artigas profissional. Neste núcleo surge o pensamento do professor e intelectual, que se coloca criticamente frente à história, a casa, a cidade e o país, o aprendizado e a política.

 

Lançamento de livros em programação paralela

No primeiro dia de julho (quarta-feira), às 21h, é lançado Vilanova Artigas (Ed. Terceiro Nome). O livro de autoria de Rosa Artigas, em coedição de Marco, neto dele, oferece pistas para a trajetória do homenageado, por meio da publicação de 43 projetos, construídos e ainda existentes, incluindo duas obras nunca executadas – o concurso do Plano Piloto de Brasília e a proposta de reurbanização do Vale de Anhangabaú.

 

Uma hora antes, às 20h, neste mesmo dia, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha debate o trabalho de seu amigo, de quem foi assistente. Ele abre, assim, a série de conversas que se estendem por todo o mês com Nabil Bonduki, Luiz Gê, Jorge Mautner, cada qual descrevendo a sua vivência ou experiência com Artigas.

 

No dia 11 (sábado), das 14h30 às 16h, é lançado o livro A mão livre do vovô (Ed. Terceiro Nome), baseado nos desenhos que ele fazia quando contava histórias para os seus netos e para os quais Michel Gorski e Silvia Zatz criaram uma narrativa que os une. Nesta mesma data, das 14h30 às 15h30, tem uma Contação de História. A atriz Ana Luísa Lacombe, e Betinho Sodré, na sonoplastia e percussão, interpretam um texto escrito a partir deste livro que também conta a vida de Artigas, desde a sua infância à luta política, passando pelo seu legado na arquitetura e sua relação com os netos em linguagem adequada às crianças.

 

Simultaneamente, no andar de cima, a Casa das Ideias ministra a oficina Desenhos Artigas. Voltada para crianças, ela ensina a construir brinquedos feitos com materiais como madeira, plástico, motores, fios, botões, luzes. Todos fazem referência aos desenhos que Vilanova Artigas fazia junto a seus netos e podem ser levados para casa.

 

O Núcleo de Educação e Relacionamento do instituto também programou atividades paralelas à exposição.  Entre julho e agosto, estudantes, pesquisadores, e interessados em arquitetura são convidados a participar da ação Próxima Parada: Vilanova Artigas. Acompanhados pelo arquiteto Marco Artigas, neto de Vilanova Artigas, o público é levado a visitar algumas obras do arquiteto homenageado, como o Edifício Louveira, Conjunto Habitacional CECAP e Casa do Arquiteto.

 

Em Mais de Artigas, outra atividade, os educadores do Itaú Cultural falam em conversas descontraídas sobre o universo do arquiteto abordando temas como arquitetura, educação e homem público a partir de algumas obras presentes na exposição.

 

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