O Natura Musical chega aos 10 anos em junho, com uma trajetória intrinsecamente ligada às novas dinâmicas do mercado musical. Ao longo desses anos, o programa refletiu em seu edital várias mudanças nos modelos de produção e consumo. A novidade para 2015 é a nova configuração das categorias de incentivo, visando aumentar o apoio a novos talentos em estágio inicial de carreira, com foco na gravação do primeiro ou segundo álbum. No edital nacional, os artistas que inscreverem projetos com este perfil passarão pela análise técnica e pela comissão de especialistas, que indicará cinco nomes, mas a definição dos contemplados será feita, pela primeira vez, por votação popular.

O programa foi idealizado em 2004, ano do lançamento do ITunes, e chegou ao mercado no ano seguinte, período no qual a indústria fonográfica vivia uma revolução. As vendas de CDs enfrentavam a perspectiva de uma queda progressiva e, pela primeira vez desde o advento do vinil no final dos anos 40, surgiu a necessidade de rediscussão da remuneração do artista pela propriedade intelectual, independentemente do meio pelo qual sua música é reproduzida. “Hoje, dez anos depois, há várias formas para compor essa remuneração, incluindo o patrocínio ou o financiamento coletivo via crowdfunding.”, conta Fernanda Paiva, gerente de apoios e Patrocínios da empresa de cosméticos.