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Auditório Ibirapuera - Oscar Niemeyer


O CANCIONEIRO DE ELOMAR EM APRESENTAÇÃO INÉDITA

 

Duas vozes e três instrumentos vão ressoar no Auditório Ibirapuera - Oscar Niemeyer, nos dias 18 e 19 de julho. O concerto Da Carantonha mili légua a caminhá traz as vozes de Elomar e de João Omar, o primeiro acompanhado de violão e o segundo intermediando também o violão com o violoncelo, e Heraldo do Monte e sua viola. Nestas duas apresentações que marcam a abertura da Ocupação em sua homenagem no Itaú Cultural, onde permanece em cartaz até 23 de agosto, o espetáculo produzido por Rossane Nascimento traz ao público da casa a cultura do sertão do interior da Bahia dentro do imaginário melódico de Elomar Figueira.

 

O título do concerto vem da abertura de Na quadrada das águas perdidas, canção que faz parte de um disco seu, de mesmo nome, lançado em 1978, e ilustrado por Juraci Dorea. A música fala de uma lagoa cujas bordas vazam o conteúdo, que de repente se reconstitui. Famosa nas histórias dos vaqueiros, ela nunca foi encontrada por Elomar, que afirma a sua existência nas redondezas de uma de suas fazendas. O tema inspirou Wagner Miranda e Carlos Carvalho a realizar um filme com o mesmo nome, exibido nos cinemas em 2013, com Matheus Nachtergaele no papel de um sertanejo que se desloca pela caatinga. Carantonha é uma serra encantada, visitada por vaqueiros e seres que habitam as horas perdidas, cujo nome significa careta.

 

Este é o mundo de Elomar, chamado de príncipe da caatinga, e trovador do sertão, pelo poeta Vinícius de Moraes, há mais de 40 anos em descrição que permanece atual. Peão, vaqueiro, arquiteto, cantor, violeiro, compositor, esse filho de Vitória da Conquista, na Bahia, gosta mesmo é de viver na caatinga, região áspera dos sertões brasileiros. É lá que passa os dias cuidando das criações e gerando obras magistrais. Produz óperas, antífonas, peças sinfônicas, concertos para piano e orquestra, e para violão solo, além do cancioneiro primoroso que compôs – parte desse material registrado em 16 álbuns.

 

O seu trabalho é marcado por uma linguagem própria, inspirada na fala do sertanejo e carregada de musicalidade trovadoresca da Idade Média. Elomar canta o que vê e o que escuta retratando com poesia o sertão profundo e sua gente; resgatando e propagando a ópera do Brasil, mas sem deixar de lado a contemporaneidade.

 

É um pedaço deste universo tão particular que ele entregará ao público do Auditório nestes dois dias. Ele se apresenta ao lado do antigo companheiro Heraldo do Monte, com quem realizou o ConSertão, em 1982, – também com Arthur Moreira Lima e Paulo Moura – e do filho João Omar, que o acompanha na cantoria desde os nove anos de idade e hoje se tornou um grande maestro e também compositor.

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