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O UNIVERSO SERTANEJO, MUSICAL E PARTICULAR DE ELOMAR

 

A 25ª mostra Ocupação – série idealizada pelo Itaú Cultural para ativar o diálogo entre gerações, apresentando a vida, obra e processo criativo de veteranos-referência aos que despontam em todas as áreas de expressão – leva ao público do instituto o mundo particular de Elomar. O espaço expositivo no Piso Paulista se transforma em um excerto da fazenda onde ele vive, no sertão da Bahia, e abre a porteira para revelar o universo deste compositor que se celebrizou por meio de músicas dos discos Na Quadrada das Águas Perdidas, …Das Barrancas do Rio Gavião, Auto da Catingueira, ConSertão ou Concerto Sertanez, entre tantos outros, e cuja vida e obra são objeto de teses de mestrado e doutorado nas mais importantes universidades brasileiras e de outros países.

 

Ocupação Elomar, entra em cartaz no instituto no dia 18 de julho e permanece até 23 de agosto. Para marcar o fim de semana de abertura desta exposição, nos dias 18 e 19 de julho (sábado e domingo), ele faz o concerto Da Carantonha mili légua a caminhá no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer – cuja gestão é realizada pelo instituto em parceria com a Prefeitura da cidade – com as participações especiais de Heraldo do Monte e João Omar, maestro, arranjador, compositor, instrumentista, e seu filho.

 

Reconhecido como autor de um cancioneiro primoroso, compositor de óperas e músicas para orquestra, realizador de concertos memoráveis, Elomar Figueira Mello, já era chamado, há 40 anos, por Vinícius de Moraes, de príncipe da caatinga. Ele canta inspirado no falar sertanejo e na musicalidade trovadoresca da Idade Média, renovada pela música contemporânea. Com mais de quatro décadas de carreira, conserva uma postura avessa ao que considera mercantilização da arte. Vive em Vitória da Conquista, onde nasceu, e passa a maior parte do tempo na Casa dos Carneiros, no povoado da Gameleira, distrito de Iguá, a 20 quilômetros da sua cidade natal.

 

A exposição

Na mostra do Itaú Cultural, o público pode ver de perto como Elomar compõe – em suportes diversos, como papel e fita, para depois o filho montar –, trechos de originais dos romances, tirinhas do bode Orelana, personagem de Henfil inspirado por ele, as músicas mais marcantes de sua carreira, poema inédito, cartas, e objetos pessoais. E, ainda, trechos da entrevista dada pelo musico à equipe do Itaú Cultural que faz a curadoria – Núcleos de Música e da Enciclopédia.

 

Respeitando a postura de Elomar, nesta Ocupação não há fotografias suas, mas sim desenhos feitos por seu conterrâneo Juraci Dórea representando a sua figura, a sua música e o seu mundo. São aquarelas em guache que lembram xilogravuras comuns nos cordéis. Há objetos que fazem parte do seu cotidiano, composições, textos e manuscritos autorais, papéis e envelopes com seus rabiscos, desenhos, listas, palavras inventadas.

 

Toca-discos reproduzem as músicas de seus LPs originais (veja a lista no final). Há fotos das paisagens que o cercam, de seus cães, carneiros, cavalos, e dos lugares que o inspiram a compor. Audiovisuais recordam passagens de sua trajetória.

 

Uma representação do mundo particular de Elomar também foi transportada para o espaço desta Ocupação. A entrada à mostra tem uma cerca composta da mesma forma e com as mesmas madeiras com que ele fez a de sua casa – idealizadas pelo próprio músico e batizadas Gabriela, nome de sua neta.  O interior procura ser fiel ao ambiente onde o músico vive e compõe.

 

Sete janelas fazem parte deste cenário, algumas das quais transmitem, em vídeo, a paisagem que se vê das suas próprias; sete candeeiros, como em sua casa, iluminam o espaço. Este número tem uma atenção especial na música de Elomar. Para diversas culturas, representa a perfeição e a unidade, e corresponde aos dias da semana, às esferas celestes, e aos galhos da árvore cósmica, entre outros simbolismos possíveis. É o número da completude humana e da perfeita união do masculino ao feminino.

 

Uma mesa abriga fac símiles de suas criações. Vitrines exibem como ele trata a palavra, um poema inédito, o seu projeto para a Universidade Lêiga Sertaneza, trechos de outras obras e também trabalhos de mais uma faceta sua pouco conhecida, a de arquiteto. Como Elomar jamais compõe ao rés do chão, o visitante desta Ocupação, pode imaginar como ele cria o seu repertório subindo até uma espécie de mezanino criado ao fundo deste espaço, que contém o seu histórico musical.

 

Programação paralela

Desde o dia da abertura da mostra, o Núcleo de Educação e Relacionamento convida o público a entrar no universo do sertão e dos romances de cavalaria ajudando a criar coletivamente um manto de cavaleiro. Todos os fins de semana, às 17h, a atividade acontece ao som de algumas músicas de Elomar selecionadas como o mote do dia para estimular a criatividade. No fim de semana da abertura, essa atividade, chamada Manto Cantado, acontece também às 14h.

 

No dia 26 de julho, domingo, o Se Esse Rua Fosse Nossa – programação fixa do Itaú Cultural, realizada todo último domingo do mês, ao ar livre, na esquina do instituto (Rua Leôncio de Carvalho com Avenida Paulista) – traz Nas Abas do meu Cordel, criada pela Cia da Matilde, com artistas cantando cantigas e contando histórias rimadas no espaço público.

 

Acompanhando esta Ocupação com apresentações ligadas à música, na quinta-feira, 30, em A meu Deus um canto novo, a cantora e historiadora baiana Jurema Paes conversa sobre a sua carreira, referências e ressonâncias da obra de Elomar em suas produções e no cenário musical brasileiro. A mediação é da poeta Micheliny Verunschk. Em 13 de agosto, dentro do Quintas Musicais também em consonância com a exposição, João Omar lança o CD Ao Sertano.

 

Na série Toca Brasil, em 14 de agosto (sexta-feira) Jurema apresenta o show Mestiça, com o seu mais recente CD gravado com participações de Chico César, Lenna Bahule, Letieres Leite, Tiganá Santana e Zeca Baleiro. Um dia depois, sábado, 15, o espetáculo é de Flávio Paiva e Dona Zefinha, que lançam o livro-CD Invocado. No domingo, 16, é exibido A Roza, um curta de animação em 3D de Marieta Cazarré e Juliano Cazarré (2013, 11min). Ele conta uma história de amor e desgraça, nas vésperas de um casamento, como tantas da tradição oral sertaneja, que Elomar usa em suas óperas. (Leia mais sobre estas atividades, com horários e outras informações, no material anexo).

MÚSICAS QUE SERÃO OUVIDAS NA OCUPAÇÃO ELOMAR, DE SEUS LPS ORIGINAIS

CANÇÕES

 

Gabriela

Faviela

A donzela Tiadora

Naninha

Patra véa do sertão

O pedido

Dassanta

Cantiga de amigo

O rapto de Joana do Tarugo

História de vaqueiros

Na quadrada das águas perdidas

Puluxias

Campo Branco

Arrumação

O Violeiro

Curvas do Rio

A pergunta

Cantiga do estradar

A meu deus um canto novo

Canto do guerreiro mongoio

Clariô

Chula no terreiro

Duvê esse chão queima meus pés

Cantiga do boi incantado

Homenagem a um menestrel

Corban

Desafio do Auto da Catingueira

DISCO

 

Elomar em Concerto

Cantoria 3

Cartas Catingueiras

Cartas Catingueiras e Confins

Arias Sertanicas

Auto da Catingueira

Na quadrada das aguas perdidas

Cantoria 1

Na quadrada das aguas perdidas

Cartas Catingueiras

Na quadrada das aguas perdidas

Parcelada Malunga

Consertão

Elomar em Concerto

Parcelada Malunga

Xangai

Na quadrada das aguas perdidas

Cantoria 3

Na quadrada das aguas perdidas

Na quadrada das aguas perdidas

Parcelada Malunga

Na quadrada das aguas perdidas

Cartas catingueiras

Cantoria 1

Cartas Catingueiras

Consertão

Cantoria 1

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