PRESS KIT

.04

Na Sala Vermelha e no espaço expositivo 2S do Itaú Cultural, a Mostra Rumos segue em setembro e em outubro com uma extensa circulação de colóquios, debates, minicursos e música, com a participação dos artistas contemplados neste Rumos Itaú Cultural. Eles partilham com o público o resultado de seus trabalhos e pesquisas selecionados desde o processo de criação de suas obras, até desafios relacionados ao campo das artes em que atuam no país. Segue a programação com o perfil dos debatedores.

ARTE EM FOCO

A Mostra Rumos abre
espaço para a reflexão

2015 - PRESSKIT DESENVOLVIDO PELA CONTEÚDO COMUNICAÇÃO

DEBATE

Mesa Editais

A mesa tem como foco discutir editais e modelos de apoio à classe artística no Brasil

Com Maria Tendlau, Pena Schmidt e Chico Pelúcio

1 de setembro

Terça-feira às 17h

Duração: 1h30h

Capacidade: 70 lugares

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Sala Vermelha

 

Maria Tendlau

É mestre e doutoranda em teatro e educação pela ECA-USP. Implantou e coordenou o Projeto Teatro Vocacional de 2001 a 2004, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Fez parte do conselho curador do Próximo Ato - Encontro Internacional de Teatro, organizado pelo Itaú Cultural, por quatro anos. Foi consultora pedagógica do Projeto Ademar Guerra em 2009 e coordenadora programática de teatro do programa Fábricas de Cultura entre 2009 e 2011, ambos da Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo. Em 2011 e 2012 foi curadora de teatro do Centro Cultural São Paulo.  Atualmente é orientadora de Arte Dramática do Teatro da USP (Tusp) em Piracicaba, SP. Integra o Coletivo Bruto e o Núcleo Coisa Boa.

 

Pena Schmidt

É autor, produtor musical e diretor do Centro Cultural São Paulo (da Secretaria Municipal de Cultura). Ex-executivo, diretor e produtor de gravadoras multinacionais, presidente da ABMI (Associação Brasileira de Música Independente) de 2000 a 2004, foi ainda consultor da MTV e gerente da gravadora Trama antes de ser superintendente do Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, casa de shows e instituto de música localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, por sete anos (2005 a 2012).

 

Chico Pelúcio

Ator, iluminador e diretor de teatro, integrante do Grupo Galpão, formado em administração de empresas e contabilidade com especialização em Cinema pela PUC MG. No Grupo Galpão já atuou também como assistente de direção, diretor e iluminador de alguns espetáculos acumulando alguns prêmios por esses trabalhos.

Dirigiu diversos espetáculos de outras companhias de teatro, dança e circo, tendo como destaque as primeiras montagens de operetas de rua da Cia Burlantins, quatro Oficinões do Galpão Cine Horto, a ópera A redenção pelo Sonho, de Tim Rescala, no Rio de Janeiro, o Circo Roda de São Paulo, Cia Camaleão de Dança, entre outros.

 

No cinema teve participações em filmes como Depois Daquele Baile, de Roberto Bomtempo, Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton, Moscou, de Eduardo Coutinho, Flores Raras, de Bruno Barreto, e na TV A Cura e Pedacinho de Chão, da Rede Globo, entre outros. Como diretor realizou os curtas-metragens documentário Uma Breve História de Viagem, Flor Minha Flor e Primeiro Sinal - A História do Teatro em Belo Horizonte dos Primórdios até 1980.

 

Como gestor cultural foi responsável pela coordenação de produção do Grupo Galpão, coordenador geral de dois Festivais Internacionais de Teatro de Rua e do primeiro Festival Internacional de Teatro Palco e Rua - FIT BH. Em 1998 implantou e coordenou o Centro Cultural Galpão Cine Horto onde ainda é o diretor geral. Escreveu o livro Do Galpão ao Galpão Cine Horto – Uma experiência de Gestão Cultural em parceria com Romulo Avelar. Foi presidente da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes em 2005/2006.

 

ATIVIDADES COMPLEMENTARES AO PROJETO BONECAS QUEBRADAS)

As três próximas ações do programa (minicurso e mais duas mesas) abaixo estão relacionadas ao projeto Bonecas Quebradas, que tem uma peça programada para ser apresentada do dia 3 ao 6 (veja em espetáculos de cênicas).

 

MINICURSO

Nercoteatro y cuerpos rotos. Mirar y pensar la violencia

Com Ileana Diéguez (profesora investigadora UAM-Cuajimalpa, Ciudad de México)

1 e 2 de setembro

Quarta-feira e quinta-feira, das 10h30 às 13h

Duração:  90 minutos

Capacidade: 70 lugares

Ingressos: distribuído com meia hora de antecedência ao início do espetáculo.

Classificação Indicativa: 16 anos

Sala Vermelha

 

Sinopse:

O curso expõe as implicações subjetivas e teóricas do viver e pensa em situações de violência extrema. Trata de uma parte da investigação realizada durante cinco anos pela autora, publicada em Corpos sem dor. Iconografia e teatralidade da violência (DocumentA/Escénicas, Córdoba, Argentina, 2013). Em particular, aborda a configuração espetacular da violência sobre os corpos nos espaços públicos. Expõe, ainda, os conceitos de nercoteatro e corpo rasgado em torno de questionamentos relacionados à arte e à dor.

 

Perfil da participante:

Ileana Diéguez é professora e pesquisadora da Universidad Autónoma Metropolitana (UAM), unidade Cuajimalpa, México, DF. Doutora em letras (2006), com pós-doutorado em história da arte, UNAM, apoiada por CONACYT (2008-2009). Membro do Sistema Nacional de Investigadores. Tem oferecido seminários nos cursos de pós-graduação em história da arte, e em Letras, da UNAM, e na pós-graduação em estudos de arte e letras da Universidad Iberoamericana. Foi professora convidada do Programa de Maestría Interdisciplinar en Teatro y Artes Vivas da Facultad de Artes da Universidad Nacional de Colombia, e no programa de pós-graduação em teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC. Tem organizado e coordenado processos de pesquisa de criações cênicas em diferentes países, e realizado curadoria de encontros internacionais sobre teatralidade, performance e artes.

 

ENCONTRO

Feminicídio: um cenário de corpos quebrados

 

MESA 1

Feminicídio no México e no Brasil: Patriarcado, Capitalismo e Globalização

Com Rita Laura Segato (ARG), por skype, e Luiza Nagib Eluf (BR). Mediação de Margareth Rago

1 de setembro

Terça-feira, 19h

Duração:  120 minutos

Ingressos: distribuído com meia hora de antecedência ao início

Classificação Indicativa: 16 anos

Piso 2S

 

Sinopse:

A mesa discute o tema do feminicídio, buscando refletir sobre as raízes do problema na situação latino-americana, de modo geral, e sobre as especificidades do caso de Ciudad Juarez, no México, e do problema vivido no Brasil. Ambos apoiados em um fundo comum, ligado a aspectos culturais, a desenhar situações diversas pelas questões geopolíticas em que estão implicados.

 

Perfil dos participantes:

Luiza Nagib Eluf foi promotora e procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, entre 1983 e 2012. Autora de texto publicado em livro nos Estados Unidos da América sobre estratégias de combate à violência contra a mulher. Colaboradora dos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Jornal da Tarde e Diário do Comércio, com artigos de opinião. Vice-presidente do Pró-Mulher, organização não governamental para o desenvolvimento, orientação e atendimento da mulher, durante 1993. Autora do livro Crimes Contra os Costumes e Assédio Sexual, da editora Jurídica Brasileira (1999) e de A Paixão no Banco dos Réus, da Saraiva (2002), sobre homicídios passionais – casos brasileiros, doutrina e jurisprudência. É membro da Academia Paulista de Direito desde agosto de 2011.

 

Rita Segato obteve o título de Ph.D no departamento de antropologia Social da Queen's University of Belfast, Irlanda do Norte, em 1984; é docente da Universidade de Brasília desde 1985 e pesquisadora de nível 1 A do CNPq. Dirige o Grupo de Pesquisa Antropologia e Direitos Humanos no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq e o Núcleo da Universidade de Brasília sobre Direitos Humanos, Legislação Brasileira e Disputa Jurídica do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Inclusão na Educação Superior e na Pesquisa (INCTI). Atualmente é docente dos programas de pós-graduação em bioética e em direitos humanos e cidadania na mesma universidade. No campo dos direitos humanos, criou e dirigiu, na penitenciária de Brasília, o projeto Fala Interno: o Direito Humano à palavra no cárcere, logo adaptado aos estabelecimentos carcerários da província de Buenos Aires, na Argentina, por uma equipe da Universidad Nacional de Quilmes (GESVIP). Colabora desde 2002 com a FUNAI na realização de oficinas com mulheres indígenas para a promoção de atividades produtivas das mulheres e, a partir de 2006, de prevenção da violência e divulgação da Lei Maria da Penha contra a Violência Doméstica. Coordenou, entre 2006 y 2008, com fundos do CNPq e da secretaria de Políticas para a Mulher, a pesquisa Mulheres e Aplicação de Penas de Privação da Liberdade. Coordenou, com recursos destas duas instituições, o estudo Violências que afetam as Mulheres Indígenas: Tipos, Contextos e Estratégias de Proteção dentro do Respeito à Pauta do Direito à Diferença. Colabora desde 2003 com as ONGs Las Dignas, ORMUSA e Las Mélidas de El Salvador, Centro América, e organizações diversas de Ciudad de México e Ciudad Juárez, em seminários e oficinas sobre feminicidio na região.

 

Margareth Rago é historiadora e professora titular do departamento de história e do programa de pós-graduação em história do IFCH da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP; professora-visitante na Columbia University, NY, entre 2010-2011 e no Connecticut College (EUA), entre 1995/1996; diretora do Arquivo Edgard Leuenroth da UNICAMP em 2000. Publicou: Do Cabaré ao Lar. A utopia da cidade disciplinar e a resistência anarquista (Paz e Terra, 1ª.ed.1985, 4ª.ed. 2014); Os Prazeres da Noite. Prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo, 1890-1930. (Paz e Terra, 1991, 2008); Entre a História e a Liberdade. Luce Fabbri e o Anarquismo Contemporâneo (UNESP, 2001); Foucault, o Anarquismo e a História (Achiamé, 2004); com A. Veiga Neto e L. Orlandi (Orgs). Imagens de Foucault e Deleuze (DPA, 2002); com A. Veiga Neto (Org.) Figuras de Foucault. (Autêntica, 2006) e Foucault: para uma vida não-fascista (Autêntica, 2009). Mujeres Libres: Documentos da Revolução Espanhola (Achiamé, 2008); com Pedro Paulo Funari (Orgs). Subjetividades Antigas e Modernas. (Annablume, 2008). Com a Dra. Tânia N. Swain e Dra. Marie France Dépêche, edita a revista feminista digital Labrys, estudos feministas/Labrys, études féministes:  www.labrys.net.br

 

MESA 2

Artivismos em cena – um cenário de corpos quebrados

Com Ileana Diéguez (Cuba/ México), João das Neves (Brasil), Verônica Fabrini (Brasil)

Mediação de Lígia Tourinho e Luciana Mitkiewicz (idealizadoras do projeto Bonecas Quebradas)

2 de setembro, quarta-feira, às 20h

Duração:  2 horas

Capacidade: 100 lugares

Classificação Indicativa: 16 anos

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Espaço expositivo 2S

 

Sinopse:

A mesa reflete sobre procedimentos poéticos e documentais na construção de um espetáculo teatral que se propõe a tratar do tema do feminicídio, e sobre o estatuto do corpo em uma cena atravessada pela questão da violência, do despedaçamento e do desaparecimento de corpos. Sendo o teatro o lugar da presença e da potência do corpo, como a cena deve lidar com esse novo paradigma?

 

Perfil dos participantes:

Ileana Diéguez Caballero (igual acima)

 

João das Neves

Autor e diretor de teatro, formador de atores, desenhista e autor de livros infantis. Foi um dos fundadores do Grupo Opinião – um dos principais focos de resistência por meio do teatro de protesto político-cultural das décadas de 1960 e 1970, e centro de estudos e difusão da dramaturgia nacional e popular – onde escreveu e montou O Último Carro, metáfora do Brasil à época em um trem desgovernado. A carreira de João das Neves revela um diretor que busca, por meio do teatro, a reflexão sobre as contradições da sociedade brasileira. Viveu no Rio de Janeiro. Rompeu com o sistema artístico estabelecido e com o assédio do mainstream, decepcionado com os atores que passaram a se distanciar da produção teatral original, no palco, atraídos pelo sucesso fácil das incipientes telenovelas. Partiu para Rio Branco, no Acre, onde, ao lado dos índios Kaxinawá, passou por intensa transformação. Por fim, no início dos anos de 1990, se estabeleceu em Minas Gerais sem nunca cessar o seu trabalho criativo e a sua busca. Entre seus espetáculos mais recentes estão Besouro Cordão de Ouro, Farsa da Boa Preguiça, Galanga Chico Rei, As Polacas - Flores do Lodo.

 

Verônica Fabrini

Encenadora e atriz, graduada em artes cênicas pela UNICAMP, onde atua como professora do departamento de artes cênicas desde 1992. Foi coordenadora pedagógica do bacharelado em artes cênicas de 2000 à 2004 e desde 2006 é professora do programa de pós-graduação em artes desta mesma universidade. Com especialização em dança, mestrado em encenação (UNICAMP), doutorado em encenação/dramaturgia (USP, São Paulo) e pós-doutorado em teatro e filosofia (Universidade de Lisboa), têm como campo de investigação o fenômeno cênico e as ciências do imaginário, em uma perspectiva transdisciplinar. Além da Boa Companhia, dirigiu trabalhos e grupos, como o Matula Teatro, com o ator Eduardo Okamoto (Agora e na hora de nossa hora, que desde 2005 tem participado em festivais nacionais e internacionais), La Opera de los três centavos (Brecht) na Universidade Católica do Chile (Santiago), Suíte para um corpo em sombras (Universidade de Évora), Na Galeria (Evoé, Lisboa), entre outros.

 

Lígia Tourinho

Atriz, coreógrafa e pesquisadores em artes da cena. Sócia da Bonecas Quebradas Produções Artísticas. Professora do departamento de arte Corporal da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e da pós-graduação em Laban da FAV-RJ. Doutora em artes (Unicamp). Idealizadora e diretora do projeto Jogo Coreográfico, contemplado por fomentos como o Iberescena 2012, Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua 2010, Prêmio Funarte Klauss Vianna 2007, Edital Ciranda nas Escolas 2008, Convênio Banco do Brasil/UFRJ (2007). Destaca as experiências artísticas vividas com os diretores Verônica Fabrini, em Orfeu (1999), Eusébio Lobo, em Versus Uno (2000/3), Gustavo Palma, em O bebê de tarlatana rosa (2002 a 2006), Marinho Piacentini, em Sade (2001), Ruy Filho, em Sintomas (2002/3) e em Elsinore em planta baixa” (2009), Eduardo Wotzik, em Missa para Clarice (2004), Luciana Mitkiewicz, em O chá (2007/08), Norberto Presta, em Despaixão e João das Neves, em As Polacas – Flores do Lodo.

 

Luciana Mitkiewicz

Bacharel em Artes Cênicas (Unicamp) e Mestre em Teatro (Unirio). Com experiência como atriz, docente e de produtora cultural.

2011-13: As Polacas - Flores do Lodo, texto e direção de João das Neves (CCBB RJ, Sesc Ipiranga, Viagens Teatrais do Sesi, Circulação Prêmio Myriam Muniz, XIX Floripa Festival) – idealização, produção, pesquisa e atuação

2012-13: Circo K, direção de Verônica Fabrini e Andreas Simma (Theatre du Soleil) – atuação e assistência de direção

2007-8: O Chá – atuação, produção, idealização e direção geral

2003: Valsa nº 6, de Nelson Rodrigues; direção de Edu Mansur – atuação

2002-3: Cassandra, texto e direção de João das Neves – atuação

 

SEMINÁRIO MEMÓRIA

Os quatro debates a seguir, decorrentes da aprovação de mais de um entre os 101 projetos Rumos Itaú Cultural 2013-14, tratam do cuidado com os acervos e a memória na contemporaneidade.  Por meio deles, o instituto apresenta as suas questões ao público.

 

Restauro e digitalização de acervos

Debate sobre o processo de organização, restauro e digitalização de acervos privados

Com Márcio de Souza, representando o Acervo Octávio Dutra; Marcos Filho, pelo Kollreutter,

e Julieta Sobral, em nome do Acervo Lucio Costa

2 de setembro

Quarta-feira, às 17h

Duração: 1h30h

Capacidade: 70 lugares

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Sala Vermelha

 

Márcio de Souza é violonista, professor e pesquisador. Desde 2002 atua como docente no Conservatório de Música da UFPel, na cidade de Pelotas, RS. Formado em violão clássico pelo Conservatório Carlos Gomes, graduado em música pela UFRGS, mestrado em performance pela UFBA e doutorado em história cultural pela PUCRS. Na UFPel coordena os projetos de pesquisa Música popular em Pelotas durante a Primeira República e Documento sonoros: os registros de Octávio Dutra no contexto da música urbana no Rio Grande do Sul. Nesta mesma instituição desenvolveu os projetos de pesquisa Bruno Kiefer: obra completa para violão (disco e álbum de partituras) e Edições Musicais na cidade de Pelotas: Impressão e Publicação (1850-1950). Em 2005, coordenou a pesquisa e a reconstituição da comédia-opereta Os Bacharéis (1894) de Simões Lopes Neto, com estreia nos teatros Sete de Abril (Pelotas) e Theatro São Pedro em Porto Alegre. Em 2009 participou do documentário Espia só... sobre a trajetória musical do maestro Octávio Dutra, sob direção de Carlos Peralta e Saturnino Rocha. Possui CDs gravados com obras de Bruno Kiefer, com o Quarteto ComTrastos e com o Duo Retrato Brasileiro, em que registrou a obra inédita do compositor gaúcho Octávio Dutra (1884-1937).

 

Marcos Filho possui doutorado em história social da cultura (2013) pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG; mestrado em música (2008) e graduação em música (2005); habilitação em composição pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2008 atuou como professor substituto do departamento de teoria geral da música da Escola de Música da UFMG ministrando as disciplinas de história e música, percepção musical e laboratório de criação. Atualmente é professor no departamento de música da Universidade Federal de São João del-Rei, MG, e é coordenador da área de música do Inverno Cultural da UFSJ. Em 2013 assumiu a Presidência da Fundação Koellreutter e coordena o Projeto Koellreutter 100 Anos com patrocínio do Itaú Cultural. No âmbito da pesquisa e extensão, Marcos Filho orienta projetos de Iniciação Científica e de Extensão Universitária e é membro do NEMUB – Núcleo de Estudos em Música Brasileira da UFMG. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Música, atuando principalmente nos seguintes temas: música popular brasileira; composição e arranjos; educação musical e criação; e música e tecnologia


Julieta Sobral é designer, fotógrafa, pesquisadora e professora da PUC-Rio. Trabalha com digitalização de arquivos desde 2004. Dirige a Casa de Lucio Costa e o Instituto Memória Gráfica Brasileira, onde, além de digitalizar acervos, cria produtos culturais como exposições, oficinas e mesas-redondas em torno do tema. Como designer trabalha com identidade visual, design expositivo e editorial. Publicou o livro O desenhista invisível, pela editora Folha Seca, em 2007, e o artigo J. Carlos Designer, no livro O Design Brasileiro Antes do Design, organizado por Rafael Cardoso, pela Cosac Naif, em 2005.

 

Conservação, Legado e Memória da Arte Hoje

Debate sobre questões relativas à preservação, à concepção do memorial técnico

e à remontagem de obras de arte, assim como a permanência de um acervo artístico.

Com Nuno Ramos (projeto selecionados no Rumos: Bulas) e Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti (projeto selecionados no Rumos: Voz / Voice)

2 de setembro

Quarta-feira, às 19h

Duração: 1h30h

Capacidade: 70 lugares

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Sala Vermelha

 

Perfil dos participantes:

Nuno Ramos nasceu em 1960, em São Paulo, onde vive e trabalha. Formou-se em filosofia pela Universidade de São Paulo em 1982. Artista plástico, compositor, cineasta e escritor, participou de diversas exposições coletivas e individuais, destacando-se em 2011 as individuais Solidão, Palavra; Ai, pareciam eternas!; e O Globo da morte de tudo (em parceria com Eduardo Climachauska).  Participou de diversas Bienais, incluindo a de Veneza de 1995, onde representou o Brasil e foi vencedor do prêmio Grand Award Barnett Newmann Foundation, em 2007 pelo conjunto de sua obra. Publicou em 2011 seu oitavo livro, Junco, pela editora Iluminuras, vencedor do prêmio Portugal Telecom de Literatura na categoria poesia. Em 2008, venceu Prêmio Portugal Telecom para melhor livro do ano com Ó, também da Iluminuras.

Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti pesquisam e desenvolvem  instalações imersivas e interativas. Desde 2005, entre outras mostras, a dupla participou do Ars Electronica em Linz, em Berlim e na Cidade do México; do The Creators Project em Nova York e em São Paulo; dos festivais Glow e STRP em Eindhoven; do Espacio Fundación Telefônica, em Buenos Aires; do Copenhagen Contemporary Art Festival em Copenhague; do FILE em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre; do Zeebrastraat em Ghent, do Mois Multi em Québec; thingworld. International Triennial of New Media Art 2014 em Beijing; Ruhrtriennale 2014 em Duisburg, 2014. Em 2014 receberam o prêmio Itaú Cultural por VOZ, em 2010 os prêmios VIDA 13.2 por FALA e menção especial do Prix Ars Electronica para TÚNEL.

 

Memória em tempos de repressão

A partir das experiências dos projetos selecionados Rumos: Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos, de autoria de Clarice Hoffmann, e Memória da Censura no Cinema, de autoria de Leonor Estela Souza Pinto, o debate trata do processo de pesquisa e difusão da memória artística durante o período de censura.

3 de setembro

Quinta-feira, às 17h

Duração: 1h30h

Capacidade: 70 lugares

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Sala Vermelha

 

Perfil dos participantes:

Leonor Estela Souza Pinto é graduada em teoria teatral pela Universidade do Rio de Janeiro –

UNIRIO (1984), tem mestrado em letras modernas – especialização teatro, pela Universidade de Toulouse (1997), e doutorado em cinema pela Universidade de Toulouse (2001). Tem experiência na área de artes de interpretação, com ênfase em pesquisa, interpretação, direção, produção e roteiro. Ministrou as disciplinas Tópicos especiais em Cinema e Vídeo I e II (Preservação, restauração e políticas de preservação do audiovisual no Brasil), na Universidade Federal Fluminense entre 2003 e 2005. Atualmente dirige a empresa Recordar Produções Artísticas que desenvolve o portal Memória da Censura no Cinema Brasileiro.

 

Clarice Hoffmann: Ao longo dos anos 1990, participou da cena cultural do Recife, como jornalista e produtora. Seu nome está associado à realização de diversos trabalhos na área da comunicação e à produção de projetos artísticos. Foi fundadora do programa de rádio Manguebeat – Música e Informação, na Rádio Caetés, produtora da banda Mestre Ambrósio e de seu CD de lançamento e produtora executiva das trilhas sonoras da peça teatral A Máquina e dos filmes O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas e Enjaulado- Música para Ouvir Trancado, criadas por DJ Dolores. A partir dos anos 2000, desenvolveu trabalhos para organizações não governamentais e agências de cooperação internacional dedicadas à luta por direitos no Brasil, a exemplo do Centro de Cultura Luiz Freire/TV Viva, da Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH) e de Oxfam GB. No campo das artes visuais, foi produtora executiva das exposições Fluxus – Acervo Paulo Bruscky (Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – MAMAM) e Topografia Suada de Londres, de Lourival Cuquinha (Centro Cultural Correios – Recife) e no 47º. Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, coordenadora dos bolsistas. Desta trajetória profissional, surgiu em 2006 a ideia do projeto Macunaíma Colorau. A ação tinha por objetivo potencializar a capacidade de comunicação de povos indígenas e comunidades quilombolas localizados em Pernambuco, a partir de experiências geradas pelo encontro entre a estética/linguagem das artes visuais contemporânea e as reelaborações culturais criadas por estes grupos. Seu novo projeto, O Obscuro Fichário dos Artista Mundanos, segue na mesma direção. Surgiu de sua paixão por arquivos e do desejo de novamente contar, através de ações de comunicação vinculadas à produção artística, a história de um segmento da sociedade brasileira marginalizado pelo poder vigente, desta vez, na Era Vargas.

 

Registro e difusão de práticas tradicionais

Debate sobre o processo de pesquisa, sistematização e difusão de conhecimentos tradicionais a partir da experiência dos projetos selecionados Rumos Una Shubu Hiwea - Livro Escola Viva, de Anna Dantes, e Luthiers do Cariri Cearense, de Márcio Mattos

3 de setembro

Quinta-feira, às 19h

Duração: 1h30h

Capacidade: 70 lugares

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Sala Vermelha

 

Perfil dos participantes:

Márcio Mattos é professor e atual coordenador do Curso de Música da Universidade Federal do Ceará/UFC – Campus Cariri. É também tutor do PET Música UFC Cariri e líder do Grupo de Pesquisa CEMUC - Centro de Estudos Musicais do Cariri. Possui experiência na área de música, com pesquisas em etnomusicologia (música popular e tradicional do nordeste do Brasil) e educação musical. Desde 1993 atua com grupos de canto coletivo como cantor, arranjador, regente ou diretor musical. Atualmente, é doutorando no departamento de musicologia da Universidad Complutense de Madrid, sob a orientação da professora Victoria Eli Rodriguez. Possui mestrado em etnomusicologia (UFBA/2002) e graduação em música (UECE/1999).

 

Anna Dantes (Anna Paula Sampaio da Silva Martins) trabalha com livros desde 1988, ano em que inaugurou sua primeira livraria de obras antigas, a Alfarrábio. Em 1994 abriu a Dantes Livraria que em 1997 passou também a casa editorial. O primeiro livro publicado, O subterrâneo do morro do Castelo, de Lima Barreto, recebeu o prêmio Estácio de Sá de Literatura. A verdadeira história dos nus selvagens... de Hans Staden foi considerado o Melhor Livro Brasil 200 Anos pela FNLIJ. Publicou a coleção Babel (Fogo nas Entranhas, de Pedro Almodovar; Praia de Ipanema, de Théo Filho, Seis problemas para don Isidro Parodi, de Jorge Luis Borges e Bioy Casares; Memórias de um rato de Hotel, de João do Rio; Mulher Carioca aos 22 anos, de João de Minas entre outros), a coleção Sebastião (Copacabana Lua Cheia, de Fausto Fawcett; Guimbaustrilho, de Nei Lopes e DJ Marlboro na Terra do Funk, de Suzana Macedo). É responsável por trabalhos de edição, tendo a pesquisa transdisciplinar como modelo. Em 2009 realizou o projeto O gabinete de curiosidades de Domenico Vandelli, que conciliou publicação de livros, curadoria de exposições no Rio de Janeiro e no Inhotim (MG). Foi curadora também da exposição Glaziou e os jardins sinuosos, para o Ano França-Brasil, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Coordena o laboratório Setor X na Biblioteca Parque de Manguinhos e Rocinha, o selo Pipa Livros em gráficas da zona portuária do Rio. Em parceria com os poetas Pedro Rocha, Pedro Lago e A Gentil Carioca edita o selo Lábia Gentil. Realiza um trabalho editorial junto ao povo Huni Kuin, no Acre, com apoio do JBRJ, tendo lançado em maio de 2014 o livro Una Isi Kayawa-Livro da Cura.

 

DEBATE

Deslocamentos

Encontro de três projetos selecionados no Rumos que têm como parâmetros de suas realizações o trânsito, o movimento, o deslizamento de um ponto geográfico a outro, entre relações culturais, assimilando ou mapeando diferentes percepções artísticas.

Com Michelle Sommer (Práticas contemporâneas da teoria do mover-se), Levy Mota, representante do grupoTeatro Maquina (projeto Sete Estrelas do Grande Carro) e Fábio Alcamino (Paralelo 34)

4 de setembro

Sexa-feira, às 17h

Duração: 1h30h

Capacidade: 70 lugares

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Sala Vermelha

 

Perfil dos participantes:

Michelle Sommer é doutoranda em história, teoria e crítica de arte no PPGAV/UFRGS com estágio doutoral junto à University of Arts London – Central Saint Martins, em estudos expositivos. É mestre em planejamento urbano e regional pelo PROPUR/UFRGS na área de cidade, cultura e política e arquiteta pela PUCRS. É autora do livro Territorialidade Negra: a herança africana em Porto Alegre, uma abordagem sócio-espacial (2011). Em 2015, foi co-curadora da 11ª edição do projeto Abre-Alas, na galeria A Gentil Carioca (RJ) e curadora do projeto Estado de Deriva em Residência Móvel, na Chapada dos Veadeiros (GO). Em 2014, integrou o workshop Ferramentas para Organização Cultural da 31ª Bienal de São Paulo. Foi co-curadora das exposições to see what is coming, no Largo das Artes (RJ) e curadora da exposição Mimetismo, na Casa de Rui Barbosa (RJ), paralela ao colóquio internacional Os mil nomes de Gaia – do Antropoceno à Idade da Terra. Em 2013, foi coordenadora de museografia da 9ª Bienal do Mercosul. Com experiência docente no ensino superior em arquitetura e artes visuais, contribui para a realização de projetos em artes visuais em formatos diversos, no âmbito institucional e circuito independente. Dedica-se à pesquisa, ensino e curadoria de artes visuais.

 

Levy Mota é ator e integra o grupo de teatro Máquina, de Fortaleza (CE), com Ana Luiza Rios, Loreta Dialla, e Márcio Medeiros e a diretora Fran Teixeira, que acreditam no teatro como tempo-espaço de invenção para desabrigar a certeza e suportar o inconcluso. Criada em 2003, a companhia tem seis espetáculos em repertório e vem desenvolvendo ações formativas e de intercâmbio com artistas de linguagens variadas. Há três anos abre mensalmente seu espaço-sede para realizar o evento Pequenos Trabalhos não são Trabalhos Pequenos.

 

Fábio Alcamino é mestre em geografia humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (USP). Cofundador do Coletivo Sendero Filmes (2008). Dedica-se à área audiovisual, tanto no setor educacional como na realização de projetos autorais. Busca relacionar geografia e cinema a partir de um recorte latino-americano, tendo realizado trabalhos de campo para Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guatemala e México. Atualmente desenvolve o roteiro do longa-metragem Paralelo 34.

 

DEBATE

Dispositivos Móveis para Ações Compartilhadas (JACA) + Janelas do Minhocão

A mesa é uma conversa entre os projetos Dispositivos Móveis para Ações Compartilhadas e Janelas do Minhocão. O ponto de partida é a discussão da utilização do espaço público nesses projetos.

8 de setembro

Terça-feira, às 17h

Duração: 1h30

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo.

Piso 2S

 

 

ESPECIAL

Hip Hop Cozinha entrevista Festival Comida de Favela

Zinho Trindade faz uma edição especial do programa Hip Hop Cozinha e entrevista Mariana Aleixo, selecionada no Rumos por seu projeto Festival Comida de Favela, enquanto preparam algum prato.

9 de setembro

Quarta-feira, às 19h

Duração: 2h

Capacidade: 30 pessoas

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início da edição

Espaço Arena

 

Perfil dos participantes:

Zinho Trindade é poeta, ator, músico e rapper. Herdou a tradição familiar na pesquisa e divulgação da cultura popular afrobrasileira. É autor do livro de poesias "Tarja Preta", publicado por edições Maloqueiristas. Atualmente desenvolve o trabalho com sua banda "Zinho Trindade" e o programa "Hip Hop Cozinha", contemplado no Programa Rumos 2014/2015.

 

Mariana Aleixo é coordenadora de gastronomia do projeto Maré de Sabores, nasceu no Parque Maré, uma das 16 favelas que compõem o bairro Maré, no Rio de Janeiro. Graduada em gastronomia pela Faculdade Estácio de Sá, cursou o mestrado em engenharia de produção no Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social, vinculado à área de Gestão e Inovação do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ, onde atualmente é doutoranda. Desde 2010, trabalha no projeto Redes de Desenvolvimento da Maré, onde atua também ministrando aulas de Gastronomia básica e avançada e também coordena a área de geração de renda. Já trabalhou em restaurantes como o Copacabana Palace e o Fasano.

 

Maria José, mais conhecida como Mariana, nome que passou a usar quando foi morar no Rio de Janeiro, em 1995 é cozinheira. Nordestina do Maranhão, foi morar no Rio de Janeiro em busca de uma melhor qualidade de vida, por isso, passou por alguns trabalhos até tornar-se cozinheira na Maré, onde já completa 10 anos de profissão. Há 4 anos é a Chef de Cozinha do restaurante Galeto Dourado, um nos empreendimentos concorrentes do Comida de Favela 2015.

 

 

SEMINÁRIO CORPO

Entre os mais de 100 projetos Rumos Itaú Cultural 2012-14, alguns têm o corpo como centralidade.  Por meio de encontros, o instituto apresenta as suas questões ao público.

 

Viagem Solitária

Com Patricia Galucci e João Nery

10 de setembro, quinta-feira às 18h

Participantes: 100 pessoas

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Espaço expositivo 2S

Tradução em libras

 

Sinopse:

Patricia Galucci propõe uma roda de conversa sobre seu processo de criação/adaptacao fílmica do livro Viagem Solitaria, autobiografia de João W. Nery o primeiro homem trans operado no Brasil.

Como fazer de uma adaptação um espaço livre de criação?

Como falar sobre o primeiro homen trans no cinema nacional, em meio de calorosos debates pos gênero e uma militância que está buscando seu espaço de cidadania?

 

Perfil dos participantes:

João W. Nery

Nasceu no Rio em 1950, formou-se em psicologia e especializou-se em sexualidade e gênero. Foi mestrando em psicologia educacional, lecionou em três universidades, além de ter mantido um consultório de psicoterapia com identidade social feminina. É considerado pela mídia, o primeiro homem transexual operado no Brasil, durante a ditadura militar em 1977. Na época, por falta de uma legislação própria para sua condição, tirou por sua iniciativa uma nova documentação masculina, perdendo todo o seu currículo escolar. Escreveu alguns artigos acadêmicos e é autor de dois livros autobiográficos: Erro de Pessoa - Joana ou João (1984, Ed. Record) e Viagem Solitária - Memórias de um Transexual 30 anos depois (2011, Ed. Leya). Após a publicação deste, pelo qual recebeu três prêmios, tornou-se ativista dos direitos humanos. Por sua luta, os deputados federais Jean Wyllys e Erika Kokay deram seu nome à PL 5002/13 – Lei de Identidade de Gênero.

 

Patricia Galucci

Sócio fundadora da Maria João Filmes, a primeira produtora independente a trabalhar exclusivamente com conteúdos audiovisuais focado no segmento LGBT. Cineasta formada pela Academia Internacional de Cinema, em rádio e TV na Faculdade Casper Libero e especialista pela Universidade de São Paulo (USP) no curso Diversidade de Orientações Sexuais e Identidade de Gênero. Seu trabalho inclui dois curtas-metranges de ficção, Ontem (2010) e Irene (2011), que rodaram mais de 60 festivais e, juntos, somam 17 prêmios, entre eles o 4 Entretodos de Direitos Humanos como melhor diretor estreante e júri popular, e melhor filme no festival Gay y Lesbic em Barcelona. Produziu o longa-metragem documentário Ancora do Marujo, sobre o último reduto de transformistas em Salvador (BA), em fase de finalização. No momento filma o documentário curta-metragem Desconstrução, que discute os papeis sociais, e desenvolve o seu primeiro longa-metragem de ficção Viagem Solitária, apoiado pela Prefeitura Municipal de São Paulo e pelo programa Rumos Itaú Cultural.

 

Corpo, pensamento, limites e possibilidades

Como Alejandro Ahmed e Thereza Rocha

10 de setembro, quinta-feira às 21h

Participantes: 100 pessoas

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Espaço expositivo 2S

Tradução em libras

 

Sinopse:

O que é dança contemporânea? A pergunta mais insistente na dança dos últimos 30 anos dá nome e move o projeto de Thereza Rocha, com lançamento previsto para este ano. A discussão da autora no livro escrito especialmente para o público jovem em que ela defende que dançar é pensar, é levada ao debate sobre p entrelaçamento entre a dança e o pensamento contemporâneo.

Compartilha dessa mesa o coreógrafo catarinense Alejandro Ahmed, proponente do projeto Protocolo Elefante, também selecionado no programa Rumos, que se lança um desafio desestabilizante para o grupo Cena 11 Cia. de Dança – o de desconstrução indenitária –, equalizando identidade e entropia como modo de operar a dança naquela companhia.

 

Perfil dos participantes:

Thereza Rocha

Pesquisadora de dança, diretora de espetáculos e dramaturga de processos de criação. Doutora em artes cênicas e mestre em comunicação social, com pesquisas em dança. Professora dos cursos de graduação em dança da Universidade Federal do Ceará onde coordena o grupo de pesquisa Quintal, Dança, pensamento, outras dramaturgias e regimes de dizibilidade, e orienta a pesquisa PIBIC por uma (des)ontologia da dança em sua contemporaneidade: uma escrita de processo. Autora do livro Diálogo/Dança (São Paulo: SENAC, 2012), com Marcia Tiburi, prepara a publicação O que é dança contemporânea? voltada para o público jovem.

 

Alejandro Ahmed

Coreógrafo residente, diretor artístico e bailarino do grupo Cena 11 Cia. de Dança. Seu trabalho como coreógrafo surgiu de forma autodidata, respondendo à necessidade de integrar a maneira como pensava o mundo e a dança. Junto ao grupo, promoveu o desenvolvimento de uma técnica que objetiva produzir uma dança em função do corpo capaz de processar melhor as ideias contidas na movimentação. Esta técnica, nomeada percepção física, é um dos pontos que estrutura o trabalho de Ahmed. Seu olhar sempre esteve voltado para os limites do corpo e as possibilidades que propõe para a transformação do corpo do outro, sendo este "outro" um espectador e/ou um cúmplice da ação a que é submetido.

 

Burlesco workshop

Com Giorgia Conceição a.k.a. MISS G

10 e 11 de setembro

Quinta-feira e sexta-feira das 14h às 17h

Duração total: 6h

Participantes: 20 pessoas

Entrada franca

Inscrições: 11 2168 1876  de 01/09 de ter a sex das 9 às 20h

Publico Alvo: a aula prática trabalhará elementos clássicos do burlesco que envolvem strip-tease. O gênero da participante é livre.

Não é necessário experiência em burlesco ou teatro, ou dança. Apenas ter interesse e ser maior de 18 anos.

Espaço expositivo 2S

 

Sinopse:

A história do que chamamos hoje de burlesco é uma história de mulheres, freaks e marginais, artistas pouco valorizados, que formam um lado obscuro e quase desconhecido das artes cênicas. Nesse workshop, Giorgia Conceição aborda questões históricas do burlesco e do New Burlesque, bem como a situação dessa arte no Brasil. Em um segundo momento, promove junto ao público elementos corporais da performance burlesca.

 

Perfil:

Giorgia Conceição (Miss G)

Artista burlesca, performer, pesquisadora, diretora teatral. Iniciou suas pesquisas com burlesco em 2007, mas estreou em 2009, como diretora, roteirista e performer do espetáculo Burlescas, da Companhia Silenciosa. É uma das entusiastas do gênero no país, focando seus esforços, pesquisas e realizações para esta área. Seu estilo é provocativo, caracterizado pela abordagem e revisão de temas da cultura brasileira, como a antropofagia, o multiculturalismo, as religiões afrobrasileiras, a música funk, o technobrega. É Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu pesquisa A Burla do Corpo: estratégias e políticas de criação. Em 2014, com o projeto Burla: divergências, contrastes e outros carnavais, foi selecionada pelo Rumos Itaú Cultural. Em outras edições do programa foi contemplada no Rumos Dança – carteira de Videodança (2009/2011) e Rumos Teatro (2011/2013), com os trabalhos Simpatia Full Time e Salsichão no Boquerão/Tainha na Prainha, respectivamente. É uma das organizadoras e curadoras do Yes, nós temos Burlesco!, festival pioneiro do gênero no Brasil.

 

Um Vidro Sobre Minha Pele

Com Moara Passoni e Daniela Capelato

11 de setembro, sexta-feira, das 17h às 19h

Participantes: 30 pessoas

Entrada franca

Inscrições:  até 25 de agosto pelo telefone (11) 2168 1876, de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h. é necessário enviar carta de intenção e currículo para seleção das inscrições por Moara Passoni.

Público Alvo: Criadores, estudantes e pesquisadores das áreas de cinema, artes visuais, filosofia e ciências humanas e da área saúde. Pessoas interessadas no tema da anorexia.

Espaço expositivo 2S

Tradução em libras

 

Sinopse:

O debate propõe um olhar singular sobre a contemporaneidade a partir da experiência da anorexia e se baseia no filme homônimo dirigido pela documentarista e pesquisadora Moara Passoni. O filme conta a história de uma mulher que tenta sublimar a fome por meio de estratégias racionais, em um jogo trágico entre mente e corpo: se a mente triunfar, o corpo definhara até a morte. Vivemos a descoberta (e negação) de sua sexualidade; enxergamos sua fraqueza, mas também a sua potência – ela desafia a sociedade, enquanto sucumbe diante dela. O roteiro é construído a partir da experiência da diretora, que viveu a anorexia no Brasil dos anos 90.

 

A proposta é abrir para público o debate sobre o processo de realização do longa-metragem: da gênese da ideia à pesquisa; do desenvolvimento de um roteiro à elaboração da linguagem, da pré-montagem ao desenho de som, incluindo também aspectos da produção e as estratégias de captação de recursos adotadas para a viabilização do projeto.

 

Serão compartilhados documentos e sequências do filme, disponíveis para que ocorra uma efetiva interação entre a equipe de criação e produção do longa e o público. O objetivo é comprometer a plateia, convidando-a a engajar-se no processo de realização do filme não somente por meio de perguntas, mas com sugestões criativas e técnicas que possam de fato contribuir para a finalização desta obra.

 

Perfil dos participantes:

Moara Passoni

Documentarista, formou-se em ciências sociais pela Universidade de São Paulo (USP), estudou comunicação das artes do corpo na PUC-SP e roteiro e documentário na EICTV-Cuba. É mestre em cinema pelo Instituto de Artes da Unicamp e em cinema documentário pela Fundação Getúlio Vargas. Desde 2002 trabalha como diretora, roteirista, produtora e pesquisadora.

Entre seus projetos pessoais, estão os curtas-metragens ainda inéditos: Voragem (Programa Petrobrás Cultural, 2011); Como transplantar o cravo para a tela? (Prêmio Edital do MINC, 2010) – ambos abordam a anorexia sob diferentes ângulos e serão lançados junto à exposição vinculada ao projeto Um vidro sob minha pele. Em 2008 escreveu e dirigiu o curta-metragem O sonho de tilden (Prêmio Estímulo de Curta-metragem do Estado de São Paulo, 2007) exibido no É Tudo Verdade, CineEsquemaNovo, Cinemateca-Brasileira (Prêmio Nacional de Fotografia), Casa das Rosas, e outros.  Em 2011, idealizou e produziu o projeto Revoluções – exposição de fotos, filmes e músicas, seminário, cursos, palestras e website (www.revolucoes.org.br), em parceria com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, SESC São Paulo, Instituto de Tecnologia Social, Editora Boitempo, Instituto Goethe e Consulado Geral da França. Paralelamente ao Um vidro sob minha pele, desenvolve o roteiro de seu segundo longa-metragem, contemplado pelos editais de desenvolvimento de roteiro do Estado de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo. Com Petra Costa, Iana Cosoy Paro, Manoela Zigiatti, Lilla Halla e Caru Alves de Souza fundou, em 2014, o Film Fatales Latina – braço latino americano do coletivo de cineastas mulheres Film Fatales (http://www.filmfatalesnyc.com/)

 

Daniela Capelato

Produtora, roteirista e curadora de mostras e festivais, fundadora da DOC.FILMES. Foi gerente do Núcleo de Cinema e Vídeo do Itaú Cultural de 1995 a 2001. Atua em parceria com diretores como Marcelo Gomes, Karim Ainouz, Lucas Bambozzi e Heloisa Passos. É autora do projeto 9 Atos para um jogo (selecionado no Rumos Itaú Cultural) e curadora das mostras O Artista e Alter-Heróis.

 

 

SARAU DO BINHO

17 de setembro, quinta-feira, 19h

Duração: 2 horas

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Espaço expositivo 2S

 

Sinopse:

Referência de expressão cultural e conscientização política há mais de 11 anos na região do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, o Sarau do Binho promove uma reunião de poetas, cantores e músicos. O Sarau tem como proposta o compartilhamento e o diálogo da arte, poesia e rimas livres. No mesmo espaço, autores com obras publicadas dialogam com autores iniciantes e o público presente, que pode participar e mostrar sua produção

 

OFICINA ECOM: WEBDOCUMENTÁRIO

Com Diego Jesus, Diego Alves e Taiany Cappozzi

23 a 25 de setembro

Quarta-feira a sexta-feira, das 13h30 às 17h30
Vagas: 20

Entrada franca

Inscrições: A partir de 9 de setembro pelo telefone 2168-1876, de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h)

Espaço expositivo 2S

 

Sinopse:

Interações com obras selecionadas pelos 20 inscritos. O objetivo é construir uma representação pessoal em relação ao que está exposto, por meio da análise, comunicação e reinvenção das mesmas, aproximando-as do olhar de cada um de três grupos formados por cinco pessoas.

O objetivo é trabalhar resumidamente a teoria/técnica da linguagem audiovisual voltada
para a produção de documentário, usando como objeto a própria Mostra Rumos. O material sobre a mostra produzido pelos alunos da oficina, ficará apto para ser veiculado na internet.

 

Perfil dos participantes:

Diego Jesus é documentarista e autor de roteiros de ficção, atua atualmente na ONG Redes da Maré como idealizador, coordenador e professor da ECOM - Escola de Cinema Olhares da Maré, Ponto de Cultura voltado para a reflexão e desenvolvimento de projetos em diferentes segmentos da produção audiovisual na Favela da Maré, Rio de Janeiro. Dirigiu recentemente os filmes Ocupação, Rosália Marginal e Cena de Consumo. Diretor e roteirista no filme Pra se Contar Uma História, projeto coletivo desenvolvido na comunidade quilombola Santiago do Iguape, localizada no Recôncavo da Bahia.

 

Diego Alves é assistente social e fotógrafo, é professor e coordenador pedagógico do projeto ECOM - Escola de Cinema Olhares da Maré. Atua, também, como produtor e editor de cinema. Trabalhou recentemente na produção, edição e finalização dos filmes Ocupação, Cena de Consumo e Rosália Marginal, todos produzidos na Favela da Maré, Rio de Janeiro.

 

Taiany Cappozzi é licenciada em artes plásticas, atuou por três anos como mediadora no projeto ArtRio e por um ano como educadora em pintura e desenho na Unidade de Ensino Médio e Fundamental da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desenvolve, também, diferentes projetos nas áreas de fotografia e performance.

 

MÚSICA

Lançamento do CD Casa Aberta, de Janaina Fellini

Com participação especial de Beto Villares

Inserida na programação da série Quintas Musicais

8 de outubro, quinta-feira, às 20h

Classificação indicativa: Livre

Entrada franca

Ingressos: distribuídos com meia hora de antecedência ao início do espetáculo

Sala Itaú Cultural (249 lugares)

 

Entre Curitiba, São Paulo e Salvador são 2.388km percorridos neste processo, que teve como única guia, a música. Um projeto no qual a paranaense Janaina Fellini e os músicos que a acompanham, convidaram o baiano Letieres Leite e o paulista Beto Villares, para visitar suas vertentes artísticas e propor um percurso musical único. Um convite para abrir a casa e receber o resultado sonoro deste encontro entre artistas que mesmo em diferentes localizações de tempo e de espaço, se encontram com o intuito de somar valores à música.

 

Quando o projeto saiu do papel para a prática na residência artística Casa Aberta, em fevereiro de 2015, segundo o maestro, a casa tornou‐se uma maternidade de sons. Exceto Janaina, que teve contato com todos os integrantes do projeto, ninguém se conhecia pessoalmente. Os arranjos foram gravados na hora, criados e conduzidos por Leite e Villares refinando as ideias, em uma frequência natural entre os dois.

 

A residência aconteceu na Chácara Asa Branca, onde também foram gravados os Cd´s Leminskanções, de Estrela Leminski, e All In, de Du Gomide. Em seis dias de Casa Aberta, cada um que passou trouxe e levou um tanto dessa energia que hoje está representada pela música, no CD homônimo.  Nas 10 faixas do álbum, Itamar Assumpção, Alice Ruiz, Alessandra Leão, Zé Manoel e Mavi Pugliesi, César Lacerda, Luisão Pereira e Bruno Capinan, Lucas Santtana, Gilberto Gil, Lirinha, Bernardo Bravo, Téo Ruiz, Estrela Leminski, Beto Villares e Janaina Fellini.

 

Perfil dos participantes:

Janaina Fellini nasceu e cresceu em Vitorino (PR) é formada em jornalismo pela PUCPR e em técnica vocal e interpretação pelo Conservatório de MPB de Curitiba. Seu percurso musical tem como base a pesquisa e a experiência. Sempre gostou de experimentar repertórios, formações de grupo e formatos mistos de espetáculo. Nesse contexto, trabalhou com moda, artes visuais, dança contemporânea e intervenções com pessoas que não estão dentro do cenário artístico. Em 2012 lançou seu primeiro Cd, independente com produção de Du Gomide e arranjos concebidos pelos músicos durante o processo de gravação. O álbum envolveu o trabalho de 72 pessoas e foi viabilizado por uma proposta de economia criativa e financiamento coletivo sem a utilização de plataformas online ou de recompensas pelas ações.

 

Letieres Leite: À frente da bem creditada Orkestra Rumpilezz, o idealizador e compositor da Orkestra de percussão e sopros, tem suas raízes fincadas em solo soteropolitano e seus galhos flutuam pela contemporaneidade das criações universais. No início de suas atividades acadêmicas, ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia e em paralelo dedicou‐se ao estudo de música. Autodidata, aprendeu a ler e a tocar flauta e sax.  Aperfeiçoando sua construção musical, Letieres ingressa, em 1986, no Konservatorium Franz Schubert em Viena, Áustria. Na Europa, trilha o início da sua história como instrumentista, apresentando‐se com inúmeros músicos em festivais pelo continente – com Gil Goldstein em 1990, Paulo Moura no Festival de Montreux ano 1992, com os grupos Hip‐Noses e Tamanduá, ambos formados com a mistura de músicos brasileiros e suíços, e com o Brazilian Love Affair, com o qual se apresentou tanto na Áustria como no Brasil.

 

Beto Villares é um dos mais festejados produtores da música brasileira, tendo como crias alguns álbuns de Pato Fu, CéU, Zélia Duncan, Siba e Rodrigo Campos. Também assina a trilha sonora de filmes como Cidade Baixa, Antônia, O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias e do recente Xingu, e das minisséries Cidade dos Homens e Filhos do Carnaval. Sua estreia autoral com o álbum Excelentes Lugares Bonitos, lançado no Brasil em 2003 pela Ambulante Discos e, nos EUA, pela Six Degrees Records e Urban Jungle Records em 2008, quando recebeu crítica elogiosa do New York Times. “Este disco deve ser celebrado mesmo com cinco anos de atraso”, diz a resenha do jornal. Excelentes Lugares Bonitos apresenta 15 faixas que misturam diferentes vertentes musicais brasileiras no caldeirão de ritmos e texturas originários do cancioneiro africano. Produzindo a si mesmo, Beto demonstra sua peculiar capacidade de apropriar‐se da tecnologia na mesma medida em que faz sua música soar despretensiosa e rústica.

 

OFICINA SOBRE ARTE SONORA E TÓPICOS RELACIONADOS

Ambiente Aberto (Notas sobre Som e Ruído)

Com Marcelo Armani

13 e 14 de outubro

Terça-feira e quarta-feira das 17h às 19h

Duração: dois encontros de 2h a 2h30, com intervalo de 10 a 15min.
Participantes: 20 pessoas
Inscrições: 11 2168 1876, a partir de 29 de setembro

Entrada franca

Espaço expositivo 2S

Sinopse:

A oficina inicia com uma conversa intitulada Ambiente Aberto, onde são apresentados os conceitos de som, ruído e música. Aplicações de exercícios de escuta que tem como característica ativar a percepção dos participantes aos eventos sonoros que ocorrem em nosso entorno. Uma visão sobre tópicos técnicos (equipamentos, processamentos e software). Imersões com elementos e conceitos da música eletroacústica, livre improvisação, música minimalista, concreta e a paisagem sonora. Relações do som nas artes visuais, contextos abordados em instalações sonoras, bem como os aspectos conceituais que norteiam essa linguagem dentro da arte contemporânea. Os assuntos abordados são embasados por materiais em vídeo e áudio coletados pelo próprio artista ou disponíveis em links e sites da internet.

 

Perfil do palestrante:

Marcelo Armani

Artista sonoro, produtor eletroacústico e músico improvisador autodidata nascido em 29 de outubro de 1978 na cidade de Carlos Barbosa (RS) e passou parte da infância no meio rural no interior do estado, mudando-se, depois, para Canoas, também no Rio Grande do Sul. Como baterista, fez parte de grupos locais inclinados aos movimentos punks e post-rock entre 1998 e 2007, quando iniciou projetos como músico solista, explorando novas tecnologias e segmentos da eletroacústica, concreta e improvisação livre. A arte sonora o lveou, em 2011, às artes visuais, influenciado pelos artistas Paulo Vivacqua, Manuel Rocha e Rodrigo Sigal, às quais se dedica desde então.

 

Participou de exposições como Radiophrenia, CCA, em Glasgow, Escócia, 5ª Bienal de Marrakesh, Marrocos; II Mostra SESI de Arte Contemporânea, Curitiba, Brasil; Biennale Arts Actuels, Ilha de Réunion, Oceano Índico, França; II Salão Xumucuis de Arte Digital, MHEP, Belém, Brasil; ECOS Trienal de Arquitetura, Lisboa, Portugal; 10ª SPA das Artes, MAMAM no Pátio, Recife, Brasil.

 

LANÇAMENTO DO LIVRO AÇÕES

De Eleonora Fabião e colaboradores

24 de outubro, sábado, às 17h

Conversa com o público e distribuição da obra

Com Eleonora Fabião, Tania Rivera e Rara Dias

Espaço Multiuso

 

Ações é um livro bilíngue (português-inglês) onde o trabalho que Eleonora Fabião vem desenvolvendo nas ruas desde 2008 ganha nova dimensão. Depois de oito anos de práticas radicalmente urbanas, a obra possibilita que as ações sigam acontecendo em outro suporte, em outros espaços e tempos, em outras dimensões performativas. Além de extenso material fotográfico e escritos da performer, Ações é composto por textos inéditos de Barbara Browning, Pablo Assumpção B. Costa, Adrian Heathfield, André Lepecki, Felipe Ribeiro, Tania Rivera e Diana Taylor – autores de gerações diferentes, nacionalidades distintas, todos interessados em discutir performance, estética e política hoje.

 

No lançamento, onde exemplares serão distribuídos, Eleonora Fabião, a ensaísta, psicanalista e professora Tania Rivera, e as designers Rara Dias e Paula Delecave conversam com os presentes sobre o processo de criação do livro.

 

Perfil dos participantes:

Eleonora Fabião é performer e teórica da performance. Desde 2008 performa nas ruas do Rio de Janeiro e variados centros urbanos; suas ações investigam poéticas e políticas do encontro e da precariedade. É doutora em estudos da performance (New York University) e professora do curso de direção teatral e da pós-graduação em artes da cena da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2011 recebeu o prêmio Funarte Artes na Rua e atualmente desenvolve o Projeto Mundano com apoio do Programa Rumos Itaú Cultural.


Tania Rivera é ensaísta, psicanalista e professora do departamento de arte e da pós-graduação em estudos contemporâneos das artes da Universidade Federal Fluminense (UFF). É autora dos livros Arte e Psicanálise (2002), Guimarães Rosa e a Psicanálise (2005) e Cinema, Imagem e Psicanálise (2008, todos por Jorge Zahar Editor), Hélio Oiticica e a Arquitetura do Sujeito (2012, Editora da UFF) e O Avesso do Imaginário. Arte Contemporânea e Psicanálise (2013, CosacNaify).