PRESS KIT

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Na Mostra Rumos o público encontra obras assinadas por 15 contemplados cuja forma final tem caráter expositivo, entre vídeo-performance, pesquisa em animação, diversos suportes para instalações, trabalhos interativos, de audiovisual e com suporte tecnológico. A seguir, cada projeto é detalhado, acompanhado de pequeno perfil do seu autor.

OBRAS

Dois andares com obras
de caráter expositivo

2015 - PRESSKIT DESENVOLVIDO PELA CONTEÚDO COMUNICAÇÃO

TUDO ESTÁ RELACIONADO

André Penteado (SP)

Projeto realizado fora do espaço expositivo

 

A obra:

Este projeto é processual. Suas palavras chave são: imagem, conexões, tempo e memórias. O objetivo é a criação de uma obra que integre e entrelace quatro arquivos distintos de fotografia, sendo um herdado pelo artista de seus familiares e outros criados por ele mesmo: diário fotográfico em filme, diário fotográfico digital e trabalhos artísticos propriamente ditos. O material será alcançado por um processo de análise, compreensão, edição e reformulação das imagens contidas nestes arquivos. O projeto é composto por três etapas. Na primeira, ao longo dos últimos meses, o artista reviu as imagens dos arquivos e selecionou 3 mil. Na segunda, que alugou, por dois meses, um imóvel vazio onde, utilizando paredes e mesas, edita o material pré-selecionado. Por fim, nas duas últimas semanas de ocupação, o imóvel será aberto ao público para exposição e discussão deste processo, que não será interrompido.

 

O projeto é desenvolvido no bairro de Perdizes em São Paulo e estará aberto à visitação pública entre os dias 25 de agosto e 6 de setembro. Serão recebidos pelo artista dois grupos de até 10 pessoas por dia, às 11h e às 18 h, de segunda-feira a domingo. As visitas têm duração prevista de 1h30 e devem ser agendadas apenas pelo telefone (11) 2168-1876, de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h.

 

O artista:

André Penteado utiliza a fotografia e o vídeo como instrumentos de investigação das complexas sensações decorrentes de momentos transformadores da vida. Em outra vertente, seu trabalho aborda questões histórico-políticas do Brasil. Suas obras já foram exibidas no Brasil, na Argentina, na Espanha e no Reino Unido. Em 2013 venceu o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger com o trabalho O Suicídio de Meu Pai, que lançou em livro em 2014. Ainda este ano lançará, pela Editora Madalena, o segundo livro, Cabanagem.

 

 

PRECISA-SE DO PRESENTE

Berna Reale (PA)

Fotografia e Vídeo

 

Esta série nasce a partir de deslocamentos da artista em países que formam o BRICS, sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, reunidos nesse grupo por conta de suas economias consideradas emergentes. Nesses lugares, Berna Reale, acompanhada da curadora Júlia Lima, reuniu imagens nascidas da convivência com cada paisagem visitada. Por meio de montagens, novas imagens foram criadas, em que ela mesma, a artista, se insere no cenário vivido.

 

A artista:

Berna Reale (Pará, 1965) realiza instalações e performances. Perita criminal do Centro de Perícias Científicas do Estado do Pará, tem contato direto com diversos casos de delito e de conflito social – temas recorrentes em seus trabalhos.

 

 

PATRIMÔNIO AZULEJAR EM BELÉM/PA - NARRATIVA MULTIMÍDIA EM REALIDADE AUMENTADA POR DISPOSITIVOS MÓVEIS

Bianchi Serique (PA)

Desenvolvimento de Software

A obra:

Aplicativo para dispositivos móveis em plataforma Android voltado para distribuição de conteúdo virtual sobre determinados Pontos de Interesse (POIs) reais relacionados a lugares e objetos como casas, casarões, igrejas e edificações históricas na cidade de Belém que tenham patrimônio azulejar significativo na história da cidade. Azulejar utiliza técnicas de realidade aumentada, informações de posicionamento global (GPS) e reconhecimento e leitura de padrões em qr-code para entregar ao usuário o conteúdo associado a um POI na tela do seu dispositivo móvel, sem a necessidade de custos materiais excessivos para divulgação dos mesmos. O aplicativo auxilia, ainda, na navegação do usuário até os POIs por meio da utilização de um navegador de Realidade Aumentada, ou de um mapa 2D, onde também é possível criar rotas até os POIs, ou visualizar circuitos de POIs para exploração pelo usuário.

 

Coordenador geral do projeto:

Professor da Faculdade de Computação da Universidade Federal do Pará (UFPA) desde 2004, Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1999) e doutor em computação aplicada pelo programa de pós-graduação em engenharia elétrica da UFPA (2003). Professor do programa de pós-graduação em ciência da computação da UFPA em nível de mestrado e doutorado e cursos de graduação relacionados. Líder do grupo de pesquisa do Laboratório Visualização, Interação e Sistemas Inteligentes (LABVIS), no qual desenvolve pesquisa nas áreas de realidade virtual e aumentada, visualização de informação e visualização científica, e  interação humano-computador.

 

 

RUA FULANO DE TAL

Caroline Neumann (SP)

Documentário multiplataforma

 

A obra:

Uma visita aos vizinhos, uma exploração da própria rua, uma busca no imaginário para tentar achar uma pessoa, um gesto ou um decreto que colocou na placa um nome. Rua e indivíduos em obras sem prazo de conclusão. Ele é baseado em visitas a todos os vizinhos da rua, passando pela própria casa, batendo papo sobre a relação dos moradores com o espaço, suas histórias e as ideias em torno da nomeação da rua. Afinal, quem seria o Doutor Fulano de Tal, que está nas placas e nos documentos de todos? Depois, as conversas gravadas foram montadas com os arquivos escaneados sob três formas de apresentação: documentário, site e exposição itinerária. O documentário com duração aproximada de dez minutos, apresenta a relação do imaginário dos moradores com o Doutor Arthur de Carvalho e Sá, o modo de vida da rua e seus laços de pertencimento ou não a ela, sob a forma de um scanner-filme advindo do conceito de foto-filme. O site foi construído de forma a dar mais espaço às histórias dos bate-papos nas casas dos vizinhos e para que os navegantes possam caminhar pelos caminhos que quiserem nessa rua. Se quiserem ver o que a Dona Maru do 645 tem a dizer antes do Juvenal do 455, podem fazê-lo. Se não quiserem ouvir as histórias, mas ter acessos às galerias de imagens, podem também; o trânsito é livre. As exposições itinerárias se baseiam nos retratos escaneados dos moradores com projeções do vídeo e áudios dos bate-papos, criando uma atmosfera que destaca as questões do tempo que o dispositivo scanner intensifica.

 

A artista:

Em 2012, cursou Multimídia e Comunicação Visual na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto como integrante do programa Bolsas Luso-Brasileiras Santander. Foi membro do Laboratório de Novas Tecnologias para a Educação (Lantec) da Faculdade de Educação da Unicamp de 2011 a 2013, realizando pesquisas sobre a utilização de objetos de aprendizagem nas escolas públicas brasileiras. No mesmo período, escreveu roteiros para rádio voltados ao ensino da matemática para o ensino fundamental, dentro do programa M3 – Matemática Multimídia, uma parceria entre Unicamp e MEC.

Entre 2013 e 2014, integrou o Laboratório de Tecnologias de Mídia para a Inclusão Social do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI). Em seguida realizou pesquisa financiada pelo CNPq sobre trânsitos culturais e modos de exibição das obras dos artistas viajantes pelas intituições Masp, Pinacoteca e Fundação Bienal.

Co-dirigiu o documentário experimental Temporal, selecionado pelo 25º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Kinoforum. É que meu nome é um só e Caixa entomológica, trabalhos feitos por ela a partir de scanner e fotografia, participaram de mostras como MoveUp II, Mostra Studium e Mostra Unicamp de Fotografia. Realizando uma parceria com o grupo NME (Nova Música Eletroacústica) de 2012 a 2014, realizou os vídeos experimentais Onomatopeia para sopro, Café via láctea e Eu sou(p), exibidos no MIS, CCSP e Aperipê Tv.

 

 

O CORTE

Cecília Cipriano (RJ)

Instalação

 

A obra:

Um portão de metal marcado com a sigla SMH (Secretaria Municipal de Habitação), uma luneta, uma luminária, dois pedaços de parede, uma fotografia, vídeos e entulhos são parte da instalação O Corte. A artista reúne rastros da desconstrução de uma residência no Morro da Providência, primeira favela do Rio de Janeiro. Finalizada a negociação da prefeitura da cidade com a moradora de uma casa no alto do Morro, não havia mais jeito: a casa ia cair, como tantas outras. Com o desejo de derrubar muros invisíveis, entre branco e negro, entre o espaço privado e o horizonte, ela conseguiu arrumar a demolição. Apropriou-se daquela arquitetura e a transformou abrindo espaços nas paredes. Os buracos apareceram com a ajuda dos moradores, habituados às obras constantes. Atravessando da favela à galeria de arte, Cecilia reutiliza os escombros para criar pontes entre a realidade e o desejo utópico de cidades que valorizem os moradores e suas histórias.

 

A artista:

Professora aposentada do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), graduanda do Curso de Artes Visuais/Escultura da Escola de Belas Artes da UFRJ, e também da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

 

 

TOCADA

Filipe Calegário (PE)

Aplicativo iOS - iPad

A obra:

Instrumento musical dinâmico e customizável, O usuário pode construir sua própria interface, escolhendo e posicionando os controles na tela. Usando metáforas como roleta, mola e termômetro, o objetivo do aplicativo é permitir a emergência de novas formas de aplicar efeitos sonoros e disparar notas. A coordenação geral do projeto é de Filipe Calegário, realizado com a Interface Gráfica e Sound, design de William Paiva, e desenvolvimento do iOS por Natália Cabral e Sérgio Sette.

 

Coordenador geral do projeto:

Calegário pesquisa novas interfaces para expressão musical. É doutorando em Ciência da Computação pelo Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador visitante do Input Devices and Musical Interaction Laboratory na McGill University em Montreal, Canada. É um dos fundadores do Batebit Artesania Digital, grupo de experimentação, concepção e construção de novos instrumentos musicais digitais, além de integrante do grupo de pesquisa em música e tecnologia, MusTIC-UFPE.

 

 

PSICOSE

Gisela Motta & Leandro Lima (SP)

Vídeo instalação de 2 canais sincronizados

65min

 

A obra:

A instalação foi criada tendo como base a estrutura do filme homônimo, dirigido por

Alfred Hitchcock em 1960. Utilizando imagens e sons adquiridos em diversos bancos de medias royalty free. Os arquivos novos utilizados são apresentados em uma segunda tela que contém as informações de autoria e indexação desses arquivos. O resultado revela um panorama da estética encontrada nesses bancos e evidencia o potencial de ressignificação do conteúdo a partir das relações que ocorrem devido às suas interligações.

 

Os artistas:

Gisela Motta e Leandro Lima, nasceram em 1976, em São Paulo onde vivem e trabalham. Formados em 1999, em Bacharelado em Artes Plásticas pela FAAP, desde então trabalham em parceria e vem participando regularmente de mostras coletivas no Brasil e no exterior. Foram finalistas do Prêmio Nam June Paik Award 2012, DE. Participaram da exposição Território de Contato – Tão Longe Tão Perto, no Sesc _Pompéia, SP. Foram contemplados pelo prêmio CIFO 2010, da Cisneiros Fontanals Art Foundation, Miami, EUA. Selecionados pelo programa da Unesco – Aschberg Bursaries for Artist Programme para a residência artística no Hiap, Helsinki, FI, e para a residência artística na Inglaterra pelo programa Artist Links – England/Brazil, do British Council. Em 2014 participaram do programa de residência da Bienal de Vancouver, CA.

 

 

HUNI KUIN: OS CAMINHOS DA JIBÓIA

Guilherme Meneses (SP)

Game (desenvolvido em Unity3D)

 

A obra:

Um casal de gêmeos kaxinawá foi concebido pela jibóia Yube em sonhos e herdou os seus poderes especiais. Ao longo do jogo, o jovem caçador, e a pequena artesã passam por desafios para se tornarem, respectivamente, um pajé́ e uma mestra dos desenhos (kene). Nesta jornada, eles adquirem habilidades e conhecimentos de seus ancestrais, dos animais, das plantas e dos espíritos; entram em comunicação com os seres visíveis e invisíveis da floresta (Yuxibu), para se tornarem, enfim, seres humanos reais (Huni Kuin).

 

O artista:

Antropólogo, administrador e game designer, doutorando em antropologia social pela Universidade de São Paulo (PPGAS/FFLCH-USP), mestre em antropologia Social e bacharel em ciências sociais (FFLCH-USP) e bacharel em administração de empresas (FGV-EAESP). Pesquisador do Laboratório de Estudos Pós-Disciplinares (LAPOD), do Centro de Estudos Ameríndios (CEstA) e do Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana (LabNAU). Sua dissertação de mestrado trata das controvérsias em torno da dependência de jogos eletrônicos e seu doutorado trabalha sobre as controvérsias envolvendo os rituais de nixi pae dentro e fora das aldeias Kaxinawá. Trabalha com a criação de jogos eletrônicos, de tabuleiro e de cartas.

 

 

EXPERIMENTOS EM ANIMAÇÃO

João Angelini (DF)

Pesquisa

 

A obra:

Apresenta uma série de pesquisas acerca da imagem em movimento. Se apoia em alguns dispositivos pré-cinema e investiga as possibilidades das estruturas das imagens cinemáticas, como elementos participativos na relação com o espectador. O gestual não se contém apenas na dimensão de representação das histórias e cenas contadas com o uso das técnicas de animação. A exposição dessas estruturas, normalmente veladas nos circuitos do cinema, levam o espectador a um lugar de intimidade com a linguagem e reconhecem a eloquência das suas entranhas participando do processo relacional no contato com as obras. Mesmo partindo do mesmo ponto, a estrutura da imagem em movimento, os trabalhos se desdobram e diferentes estratégias de apresentação como vídeo-objetos, instalações, músicas e vídeo-mapping.

 

O artista:

Artista plástico, pesquisador e pandeirista de uma banda de hard-core, tem na imagem em movimento o maior ponto de partida para suas pesquisas, que tem desdobramentos em vídeos, animações, fotografias, gravuras e performances. Pela diversidade da produção, tem seus trabalhos publicados regularmente em eventos de diferentes meios institucionais como cinema, teatro e galerias de arte. Recebeu prêmios do festival Anima Mundi 2009 (Júri Popular/SP), Bolsa Funarte de Produção 2010, Arte Pará 2012 e CNI /SESI Marcantônio Vilaça 2015 – Pelo Grupo EmpreZa, de Goiânia, do qual é membro desde 2008, e é co-fundador do coletivo TresPe de Brasília, ambos com o foco em performance. Atualmente é professor de gravura, animação e tridimensionalidade na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, onde leciona desde 2008. É representado pela Galeria Leme (SP) e sua obra integra várias coleções privadas e públicas, tanto no Brasil quanto no exterior.

 

Atualmente é professor de gravura, animação e tridimensionalidade na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, onde leciona desde 2008. É representado pela Galeria Leme (SP) e sua obra integra várias coleções privadas e públicas, tanto no Brasil quanto no exterior.

 

 

MOVIOLA

Márcio Ambrosio (SP)

Instalação Interativa

A obra:

Nesta viagem imersiva e poética, por meio de manivelas que acionam as inúmeras engrenagens da Moviola, o público interage com a obra; mudando o fio da história, provocando movimentos e transformações estéticas e revelando mundos e criaturas insólitas. Idealizada e concebida pelo artista, a obra tem Idealização e concepção: Marcio Ambrosio, desenvolvimento de software da Yacine Sebti, criação sonora de aAirial e consultoria em arquitetura paramétrica de Victor Sardenberg, Elisa Vianna e Dum Dum Lab (Francisco Calvo e Katherine Caceres).

 

O artista:

Animação e interatividade são as marcas registradas de Marcio Ambrosio, formado em desenho industrial na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e trabalhou durante anos como artista gráfico e animador. Mudou-se para Bruxelas em 1999, onde trabalhou em estúdios de pós-produção de longas-metragens e documentários, montando em 2004 o coletivo zzzmutations, voltado à produção de curtas-metragens e ao desenvolvimento de projetos interativos. De volta ao Brasil em 2007, o artista vêm expondo suas instalações pelo Brasil, Europa, Japão e países da América Latina, como México e Argentina. Realizou workshops e exposições no Festival FILE, Animamundi, Rumos Arte Cibernética, Mostra de Arte Digital, SESC e Museu da Imagem e do Som, de São Paulo.

 

 

TRANS(OBRE)POR

Marcelo Armani (RS)

Instalação sonora processual, fotografia digital

 

A obra:

Um híbrido de arte sonora, fotografia, desenho e escultura guiado por processos de ocupação, registros de fragmentos da paisagem acústica, composições de peças sonoras e pela metodologia de coordenadas intuitivas. Pela ação de transpor e sobrepor elementos existentes na cidade ao espaço expositivo, o projeto explora a construção de um mapeamento sócio geográfico ao intercalar sons e imagens, porém, em alguns casos, distancia-se da relação original direta entre eles. Eventos triviais que são dissociados/transmutados/amplificados e desprendidos da superfície urbana. O cotidiano extraído do sentimento despertado pela cidade-objeto onde sons, ruídos e imagens da paisagem se entrelaçam às passagens e aos cruzamentos de um universo efêmero como forma perceptiva de provocar questionamentos sobre as ordens dos trânsitos sociais, culturais e econômicos suspensos em um tempo presente no espaço coletivo despercebido às velocidades, sem romances ao tempo e oculto aos olhos.

 

O artista:

Marcelo Armani é artista sonoro, produtor eletroacústico e músico improvisador autodidata nascido em 29 de outubro de 1978 na cidade de Carlos Barbosa (RS) e passou parte da infância no meio rural no interior do estado, mudando-se, depois, para Canoas, também no Rio Grande do Sul. Como baterista, fez parte de grupos locais inclinados aos movimentos punks e post-rock entre 1998 e 2007, quando iniciou projetos como músico solista, explorando novas tecnologias e segmentos da eletroacústica, concreta e improvisação livre. A arte sonora o lveou, em 2011, às artes visuais, influenciado pelos artistas Paulo Vivacqua, Manuel Rocha e Rodrigo Sigal, às quais se dedica desde então. Participou de exposições como Radiophrenia, CCA, em Glasgow, Escócia, 5ª Bienal de Marrakesh, Marrocos; II Mostra SESI de Arte Contemporânea, Curitiba, Brasil; Biennale Arts Actuels, Ilha de Réunion, Oceano Índico, França; II Salão Xumucuis de Arte Digital, MHEP, Belém, Brasil; ECOS Trienal de Arquitetura, Lisboa, Portugal; 10ª SPA das Artes, MAMAM no Pátio, Recife, Brasil.

 

 

O CAIS DA ÚLTIMA UTOPIA

Pedro França (SP)

Caixa de luz, impressões, timer

NÃO TEMOS FOTOS

 

A obra:

O trabalho consiste em quatro caixas luminosas (backlights) desenhadas e construídas pelo artista. Sua superfície é produzida com cera e grafite sobre acrílico leitoso. A cera aplicada sobre o acrílico é translucida, mas o grafite misturado a ela torna a superfície opaca (total ou parcialmente), de forma imprevisível. A obra foi usada na peça Cais de Ovelhas, da Cia teatral Ueinzz. O projeto aprofunda questões que o artista já vem desenvolvendo, como na série de desenhos de floresta: como representar uma mata, vista contra a luz, nesse momento de dispersão visual, em que não há hierarquia entre as partes, não há centro ou periferia.

 

O artista:

Pedro França é artista, professor do Instituto Tomie Ohtake e do MAM - SP e membro da Cia Teatral Ueinzz. Mestre em História pela PUC-SP (2010), participou da equipe de curadoria da 29a Bienal de São Paulo (2010) e foi professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (2006-2011) e do Instituto de Artes da UERJ (2009). Desde 2012 tem participado de exposições individuais e coletivas no Centro Cultural São Paulo, no Paço das Artes, Instituto Tomie Ohtake,

 

 

HOMENAGEM A MATTA CLARK

Pedro Urano e Joana Traub Csekö (RJ)

Documentário

 

A obra:

Um corte de 20 metros divide uma edificação modernista ao meio. Este tributo ao artista norte-americano Gordon Matta-Clark, célebre por suas intervenções arquitetônicas como cortes, secções e subtrações feitas em construções abandonadas, acompanha a metamorfose de um edifício.  Para ele, edificações são entidades fixas na mente da maioria – a ideia de espaço mutável é um tabu. “As pessoas moram nos seus espaços com uma temeridade que é assustadora. Donos de imóveis fazem pouco mais que manter suas propriedades. É desconcertante o quão raramente as pessoas se envolvem em mudar o próprio espaço desfazendo-o”, observava ele.

 

Sobre os artistas:

Joana Traub Csekö é artista visual, graduada em comunicação pela ECO-UFRJ e mestre em Linguagens Visuais pela EBA-UFRJ. Em 2008 realizou a exposição individual das fotografias Série HU, na Galeria Novembro (RJ). Desdobramento deste trabalho, o documentário HU foi premiado pelo edital DocTV IV (TV Brasil-MinC). Entre 2009-10 fez parte do projeto de residência Arte In.Loco, em Buenos Aires e no Rio de Janeiro, onde começou a desenvolver Passagens. Pedro Urano é diretor de fotografia, artista visual, e mestre em história das ciências, das técnicas e epistemologia pela UFRJ. Diretor do filme Estrada Real da Cachaça, melhor documentário nos festivais do Rio e Mar del Plata. Colaborador de artistas como Tunga, Lilian Zaremba, Laura Erber, Daniel Steegman e Thiago Rocha Pitta. É co-editor da Revista Carbono (www.revistacarbono.com), periódico online que promove diálogos entre pesquisas artísticas e científicas.

 


VOZ|VOICE

Rejane Cantoni & Leonardo Crescenti (SP)

Escultura cinética, interativa.

 

A obra:

Um dispositivo eletromecânico desenhado para visualizar diálogos entre pessoas e coisas e o movimento do som no espaço. A obra explora o fenômeno sonoro como matéria e como experiência espacial e sensorial.

 

Os artistas:

Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti pesquisam e desenvolvem instalações imersivas e interativas. Desde 2005, entre outras mostras, a dupla participou de diversas exposições no Itaú Cultural, na Ars Electronica em Linz, em Berlim e na Cidade do México; do The Creators Project em Nova York e em São Paulo; dos festivais Glow e STRP em Eindhoven; do Espacio Fundación Telefônica, em Buenos Aires; do Copenhagen Contemporary Art Festival em Copenhague; do FILE em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre; do Zeebrastraat em Ghent, do Mois Multi em Québec; thingworld International Triennial of New Media Art 2014 em Beijing; Ruhrtriennale 2014 em Duisburg, 2014. Em 2010 recebeu os prêmios VIDA 13.2 por FALA e menção especial do Prix Ars Electronica para TÚNEL.

 

 

JARDIM DE PASSAGEM

Teresa Siewerdt (SP)

Registro de performance

 

A obra:

A performance Jardim de Passagem foi realizada no percurso de uma linha de ônibus na cidade de São Paulo. Em cada uma das paradas desta linha, um performer aguardava no ponto carregando um vaso de planta. A medida que cada um destes performers embarcava, o ônibus ia sendo se tornando um jardim de passagem. No fim do percurso, os vasos de plantas foram doados a desconhecidos.

 

A artista:

Mestranda em poéticas visuais pela Universidade de São Paulo (USP), explora em seus trabalhos estratégias de aproximação entre seu corpo, o corpo do outro e a paisagem ao redor, seja por meio da performance, da fotografia ou da intervenção. Entre as exposições mais recentes das quais participou figuram a Trienal de Sorocaba (Sorocaba/2015), Jardinagem, Territorialidade, Temporalidade, Ato político (Curitiba/2015) Jardim Parasita (São Paulo. Projeto realizado pelo Proac/ 2014), Salão de Santo André (Prêmio Aquisição 2014), Naturantes (Paço das Artes, SP. 2014) e Labouring with no matter (Brighton/UK, 2014).