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Macutas cunhagem para Angola,1814 a 1816 (Foto: Edouard Fraipont)

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Numismática: diálogo entre moedas e obras

A Coleção Brasiliana – Espaço Olavo Setubal apresenta moedas e medalhas do acervo Itaú Cultural dispostas sob a perspectiva primeira da arte aliada à tecnologia. Nesse sentido, a iconografia prevalece em relação a outras possibilidades de leitura que esses pequeninos objetos podem sugerir.

 

De um total de 6.919 peças existentes, 420 exemplares dos mais diferentes materiais – como ouro, prata, cobre e até mesmo madeira – foram escolhidos para ser expostos. Entre moedas, medalhas, pesos, ensaios, condecorações e tantos outros objetos ligados ao universo monetário, o visitante irá se deparar com as mais belas e mais raras peças da numismática brasileira.

 

Dos primeiros tempos, destacamos a conhecida como O Português, prestigiosa moeda de D. Manuel, o Venturoso, que certamente esteve entre as que Cabral levava em seus cofres quando chegou ao Brasil; os raríssimos florins, importantes testemunhos da presença holandesa no Brasil; e os famosos dobrões, de D. João V, as maiores e mais pesadas moedas de ouro já produzidas pelo homem, que evidenciam toda a riqueza e a opulência que o Brasil viveu.

 

Medalhas retratando significativas construções, personagens e as belas paisagens do Rio de Janeiro do século XIX, então capital de nosso país, e outras com variados carimbos, como o Carimbo Piratini, sendo produzidas nas mais diversas províncias, ressaltam e enaltecem a força e a pluralidade brasileiras.

 

 

Podemos dizer que no módulo Brasil Império as moedas e as medalhas dão o tom. Entre as inúmeras moedas, medalhas e condecorações de D. João, D. Pedro I e D. Pedro II expostas, chamamos a atenção para as macutas de cobre, produzidas no Brasil para circular em Angola.

 

As fracionadas balastracas confeccionadas durante a Guerra do Paraguai. A famosa condecoração imperial Ordem da Rosa criada pelo imperador D. Pedro I para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia. E finalmente a mais importante moeda da coleção e a mais valiosa de toda a numismática brasileira: a Peça da Coroação, proibida de entrar em circulação por D. Pedro I por apresentar erros inaceitáveis para o imperador. Hoje, estão espalhados pelo mundo apenas 16 exemplares dela.

 

Fomos acostumados a ler e ouvir que as moedas contam a história do Brasil. Nesta mostra procuramos ir além, compondo um harmonioso diálogo entre moedas, obras de arte e tecnologia, o que resultou em uma exposição singular, um dos mais instigantes desafios por nós enfrentados

 

Vagner Carvalheiro Porto

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