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No Itaú Cultural, a Ocupação Zuzu apresenta abrangente trajetória da vida e obra de uma das mulheres mais singulares da história do Brasil



Assim como o Parangolé de Hélio Oiticica, os vestidos de Zuzu Angel desfilam pelo Itaú Cultural no corpo de modelos e atrizes, que leem trechos das cartas que Zuzu enviava a diversas pessoas na incessante busca por Stuart Angel – seu filho torturado e morto pela ditadura militar aos 26 anos.

O evento afirma o entendimento da moda como importante segmento de reflexão da cultura contemporânea, possibilita a fruição e a análise da vida e da obra de uma das mulheres mais singulares da nossa história, Zuleika Angel Jones, e soma-se aos acontecimentos que revisitam a Ditadura Militar Brasileira, no ano em que o golpe completa 50 anos.

Na narrativa da exposição estão presentes alguns dos principais fatos e criações da vida de Zuzu. Surgem as espadas-de-são-jorge – alusão ao perfume que Zuzu queria criar e ao seu misticismo e religiosidade que a fizeram cultivar essa planta por onde morou – e a parceria com Waltercio Caldas na confecção da papelaria de sua loja, confirmando sua visão percussora da moda como um negócio.

Uma costureira que pensava vestidos, bolsas, lenços, lençóis. Desenhava estampas, trazia rendas do Nordeste para vestidos de noivas – transparentes e ousados. Concebia ainda a logomarca, a sacola, o papel de carta, a etiqueta, as estratégias de marketing. Lançou uma coleção brasileira, mas em Nova York. Juntou baianas, Lampião e Maria Bonita, working young ladies, pastorais e anjos, e tudo transformou em produtos com sua assinatura.

O projeto é fruto do trabalho de curadoria conjunta de Hildegard Angel, Itaú Cultural (Núcleos Audiovisual e Literatura e Educação e Relacionamento.) e Valdy Lopes Jn, que também assina a direção de arte.



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